Chile: metrô suspende serviços e presidente decreta emergência
Aumento do preço da passagem do transporte gerou uma série de protestos. Após os atos, o metrô informou que não funcionará no fim de semana
Internacional|Mariana Ghirello, Do R7 com agências internacionais
O presidente do Chile, Sebastian Piñera, decretou Estado de Emergência na capital do país, em Santiago e na provincia de Chacabuco, e na região metropolitana. O anúncio foi feito na noite desta sexta-feira (18), em rede nacional, após a onda de protestos contra o aumento do preço das passagens.
Chile: estudantes e policiais se confrontam em protestos no metrô
Segundo Piñera, o aumento do preço das passagens obedeceu ao aumento do preço do dólar e do petróleo, e foi aprovado por um quadro de especialistas do governo. O presidente disse ainda que irá convocar uma mesa de diálogos para discutir o assunto. Ele aproveitou para agradecer as forças policiais.
Segundo a TVN (Televisão Nacional) do Chile, carros blindados já estão nas ruas da capital do país. Segundo outro jornal local, o Estado de Exceção permite ao Estado restringir reuniões e deslocamentos na cidade, e a segurança fica a cargo da Defesa Nacional.
Nesta semana, a capital do Chile apresentou uma convocação massiva para protestar contra o aumento do preço da passagem, que ficou o equivalente a R$ 4,81, durante a hora de pico, ou seja, a mais utilizada pela população.
Os atos foram feitos nas estações e várias delas ficaram sem as catracas. Por isso, o Metrô de Santiago decidiu que não irá prestar serviço de transporte ao logo de todo o fim de semana. Este já é o quinto dia de protestos.
Edifício da Enel
Mais cedo, um incêndio consumiu andares do prédio onde fica a companhia de energia elétrica do país, a Enel. Segundo os bombeiros, o incêndio já foi controlado, mas atingiu vários andares, contudo, sem feridos. Segundo a empresa, o fogo começou após os protestos no centro da cidade.