China envia médicos especialistas para acompanhar Kim Jong-un

A China enviou uma equipe de médicos especialistas para a Coréia do Norte, para acompanhar o líder norte-coreano Kim Jong Un. A informação teria sido confirmadas por três pessoas familiarizadas com a situação.

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A viagem dos médicos e autoridades chinesas ocorre em meio a rumores sobre a saúde do líder norte-coreano. A Reuters não conseguiu determinar imediatamente o que a viagem da equipe chinesa sinalizou em termos de saúde de Kim.

Uma delegação liderada por um membro sênior do Departamento de Ligação Internacional do Partido Comunista Chinês partiu de Pequim para a Coréia do Norte na quinta-feira (23), disseram duas pessoas. O departamento é o principal órgão chinês que lida com a vizinha Coréia do Norte.

As fontes não quiseram ser identificadas, dada a sensibilidade do assunto.

O Departamento não pôde ser contatado pela Reuters para comentar na sexta-feira (24). O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu a um pedido de entrevista feito na última sexta-feira (24).

O Daily NK, um site de Seul, informou no início desta semana que Kim estava se recuperando após um procedimento cardiovascular em 12 de abril. Ele citou uma fonte não identificada na Coréia do Norte.

Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, também subestimou relatos anteriores de que Kim estava gravemente doente. "Acho que o relatório estava incorreto", disse Trump a repórteres, mas se recusou a dizer se estava em contato com autoridades norte-coreanas.

Na sexta-feira, uma fonte sul-coreana disse à Reuters que sua inteligência era que Kim estava vivo e provavelmente apareceria em breve. A pessoa disse que não fez nenhum comentário sobre a condição atual de Kim ou sobre qualquer envolvimento chinês.

Um funcionário familiarizado com a inteligência dos EUA disse que Kim era conhecido por ter problemas de saúde, mas eles não tinham motivos para concluir que ele estava gravemente doente ou incapaz de reaparecer em público.

Uma porta-voz do departamento de Estado dos EUA não fez comentários. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, quando perguntado sobre a saúde de Kim na Fox News depois que Trump falou, disse: “Não tenho nada que eu possa compartilhar com você hoje à noite, mas o povo americano deve saber que estamos assistindo a situação com muita atenção. "

País secreto

A Coréia do Norte é um dos países mais isolados e secretos do mundo, e a saúde de seus líderes é tratada como uma questão de segurança do estado. A Reuters não conseguiu confirmar independentemente nenhum detalhe sobre o paradeiro ou condição de Kim.

A mídia estatal da Coréia do Norte noticiou pela última vez o paradeiro de Kim quando ele presidiu uma reunião em 11 de abril. A mídia estatal não informou que ele estava presente em um evento para marcar o aniversário de seu avô, Kim Il Sung, em 15 de abril. aniversário na Coréia do Norte.

Kim, que acredita-se ter 36 anos, desapareceu da cobertura da mídia estatal norte-coreana antes. Em 2014, ele desapareceu por mais de um mês e a TV estatal norte-coreana mais tarde o mostrou andando mancando. As especulações sobre sua saúde têm sido alimentadas pelo fumo intenso, pelo aparente ganho de peso desde que assumiu o poder e a história familiar de problemas cardiovasculares.

Quando o pai de Kim Jong Un, Kim Jong Il, sofreu um derrame em 2008, a mídia sul-coreana informou na época que médicos chineses estavam envolvidos em seu tratamento junto com médicos franceses.

Aliados internacionais

No ano passado, o presidente chinês Xi Jinping fez a primeira visita de Estado em 14 anos por um líder chinês à Coréia do Norte, um estado empobrecido que depende de Pequim para apoio econômico e diplomático.

A China é o principal aliado da Coréia do Norte e a linha de vida econômica de um país atingido pelas sanções da ONU, e tem um grande interesse na estabilidade do país com o qual compartilha uma longa e porosa fronteira.

Kim é um líder hereditário de terceira geração que chegou ao poder depois que seu pai Kim Jong Il morreu em 2011 de um ataque cardíaco. Ele visitou a China quatro vezes desde 2018.

Trump realizou cúpulas sem precedentes com Kim em 2018 e 2019, como parte de uma tentativa de convencê-lo a desistir do arsenal nuclear da Coréia do Norte.