China: imagens de satélite mostram longas filas de carros em funerárias
Em dezembro, país se afastou da abordagem rígida de 'Covid zero', o que ocasionou um surto da doença
Internacional|Maria Cunha*, do R7
Imagens de satélite retrataram a realidade angustiante de crematórios, hospitais e funerárias superlotados na China, enquanto o país lida com uma onda de infecções por Covid-19.
A empresa de tecnologia Maxar captou, no início de janeiro de 2023, registros de longas filas de carros ao lado de fora das casas funerárias em cidades como Huzhou, Kunming e Nanjing, segundo uma reportagem da CNN.
Outras fotos mostraram que, aparentemente, um estacionamento foi criado para os familiares das vítimas pararem os carros. Imagens de sacos amarelos em um necrotério superlotado de um hospital em Pequim também foram registradas em vídeo.
No mês passado, a China se afastou da abordagem rígida de "Covid zero". A decisão ocorreu após um movimento de protesto de dimensão histórica, no qual a população exigiu o fim das restrições provocadas pela doença e mais liberdade.
No entanto, com o fim da medida, houve uma explosão de casos de Covid-19 no país. A China, porém, reporta mortes da doença apenas para os pacientes que faleceram de insuficiência respiratória.
À medida que os relatórios continuam chegando, enquanto as funerárias e os hospitais permanecem sobrecarregados, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que a China está minimizando a verdadeira natureza do surto atual.
“A OMS está preocupada com o risco de vida na China e reiterou a importância da vacinação, incluindo doses de reforço, para proteger contra hospitalização, doenças graves e morte”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva na cidade de Genebra.
* Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Ferreira
China tem hospitais cheios e crematórios lotados após fim da política de 'Covid zero'
A China tem hospitais cheios, prateleiras de farmácias vazias e crematórios lotados depois que o governo decidiu acabar em novembro com a política de confinamento, quarentena e testes em larga escala, práticas adotadas pelo país para controlar os casos...
A China tem hospitais cheios, prateleiras de farmácias vazias e crematórios lotados depois que o governo decidiu acabar em novembro com a política de confinamento, quarentena e testes em larga escala, práticas adotadas pelo país para controlar os casos de Covid-19. A China seguia desde 2020 uma política de tolerância zero com a Covid, com restrições severas. A estratégia possibilitou a proteção das pessoas com comorbidades e aquelas sem esquema de vacinação completo, mas foi alvo de protestos pelo tempo prolongado em que vigorou