China julgará 18 pessoas e pune outras 35 por explosão que causou 146 mortes

Pequim, 31 dez (EFE).- O Conselho de Estado da China anunciou que 18 suspeitos serão julgados e outras 35 pessoas de altos cargos punidas por causa do pior acidente industrial ocorrido neste ano no país, a explosão da fábrica metalúrgica de Kunshan, que causou 146 mortes. O prefeito de Kunshan, Lu Jun, e o secretário-geral do Partido Comunista na cidade, Guan Aiguo, já foram destituídos de seus postos, destacou nesta quarta-feira o principal órgão executivo chinês através da agência oficial "Xinhua". Foram punidos também o vice-governador da província de Jiangsu, Shi Heping, o prefeito de Suzhou, Zhou Naixiang, e o diretor do escritório de segurança da província, Wang Xiangming. No entanto, o comunicado oficial não detalhou quais foram as sanções impostas nos três casos. O acidente ocorreu no dia 2 de agosto em uma oficina da fábrica onde eram polidos aros das rodas metálicas de veículos. Cerca de 300 trabalhadores faziam estavam no local na hora da explosão. O número oficial de mortos era, até então, de 75 pessoas, mas a "Xinhua" elevou ontem este número a 146, após revelar que muitos dos 185 feridos acabaram morrendo nos hospitais. Segundo as investigações, a explosão ocorreu por causa de graves erros nos sistemas de segurança da fábrica da Kunshan Zhongrong Metal Products, que fornecia peças a grandes montadoras mundiais como a General Motors. EFE abc/lvl