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Cineasta alemão expõe fotos do 11 de setembro em Londres

Wim Wanders registrou as ruínas das Torres Gêmeas após seu colapso no fatídico dia dos ataques da Al-Qaeda contra os EUA

Internacional|Do R7

Wanders afirma que ficou traumatizado após a tragédia e decidiu fazer algo a respeito
Wanders afirma que ficou traumatizado após a tragédia e decidiu fazer algo a respeito

O cineasta alemão Wim Wenders inaugurou nesta sexta-feira (10) uma exposição em Londres de suas fotos apocalípticas, mas "esperançosas", tiradas nas ruínas ainda fumegantes das Torres Gêmeas após seu colapso em 11 de setembro de 2001.

Às vésperas do vigésimo aniversário dos atentados mais mortíferos da história, reivindicados pela organização extremista Al-Qaeda, o cineasta lembrou como havia passado, "traumatizado", aos desafios do World Trade Center dois meses depois.

"Não sabia conviver com aquilo e senti que tinha que ir lá e isso me ajudou", explicou na apresentação da exposição “Wim Wenders: Photographing o Ground Zero”, aberta até 9 de janeiro no Museu Imperial da Guerra de Londres.

“Eu queria que aquele lugar me dissesse algo, me transmitisse uma mensagem. E foi uma mensagem pacífica de esperança”, acrescentou.


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Wenders ainda se lembra da luz do sol que se filtrava pelos esqueletos gigantescos das torres gêmeas, entre as ruínas fumegantes em um chão coberto por uma espessa camada de cinzas.


Ele se estabeleceu como um dos diretores alemães mais conhecidos de sua geração
Ele se estabeleceu como um dos diretores alemães mais conhecidos de sua geração

"Uma beleza surreal apareceu e eu tomei isso como um grande sinal de esperança de que algo lindo estivesse surgindo", contou.

"Minha câmera panorâmica capturou esta mensagem incrível: algo terrível, infernal aconteceu aqui, mas por favor, não deixe que isso se torne um terreno para mais ódio", acrescentou. "Que este lugar seja um símbolo de paz e cura para sempre."


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Emblemático diretor de clássicos do cinema como "Paris, Texas" (1984), "Asas do Desejo" (1987) e "Pina" (2011), Wenders se estabeleceu como um dos diretores alemães mais conhecidos de sua geração graças à sua abundância no trabalho, focado na passagem do tempo, memória e perda.

A fotografia, grande paixão do diretor, começa a ter uma presença crescente nas suas obras a partir dos anos 2000, como no drama sentimental "Estrela Solitária" (2005).

Suas fotos foram publicadas e exibidas em todo o mundo.

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