Cocaína rosa, maconha e álcool: as drogas que Emmily usou antes de cair de prédio na Argentina
Laudo toxicológico confirma suspeita de que brasileira havia usado substâncias ilícitas; investigações continuam
Internacional|Do R7
A morte trágica da brasileira Emmily Rodrigues Santos Gomes, no dia 30 de março passado, na Argentina, continua em investigação, e um exame toxicológico afirma que ela consumiu álcool, cocaína, maconha e drogas sintéticas na noite em que caiu do 6º andar de um prédio em Buenos Aires. O laudo foi divulgado pela Télam, agência pública de notícias argentina, na última terça-feira (9).
O exame foi feito pelo Laboratorio de Toxicologia y Química Legal del Cuerpo Médico Forense e foi recebido pelo juiz Martín Del Viso. O laudo confirma a informação divulgada pelo jornal Clarín, em abril, de que Emmily, que tinha 26 anos, havia usado cocaína rosa, uma substância sintética.
De acordo com o exame toxicológico, Emmily tinha "1 grama de álcool no sangue e traços de metilecgonina, que é uma substância química derivada da cocaína. Também havia em seu sistema sinais da utilização de cocaína (inclusive nas narinas), quetamina (anestésico que causa alucinações), maconha e a já citada cocaína rosa".
Ainda segundo o laudo, não havia sinal de sêmen no corpo de Emmily, o que confirma a informação dada pelo empresário, que disse não ter tido relação sexual com a brasileira.
EMPRESÁRIO SOLTO
Na noite de sua morte, Emmily havia ido a uma festa no apartamento do empresário Francisco Sáenz Valiente, de 52 anos, no bairro do Retiro, em Buenos Aires. Além da vítima, estavam lá outras mulheres brasileiras, e todos os presentes usaram drogas. Valiente reconheceu que havia de fato cocaína rosa em sua residência naquele dia e que ele mesmo estava utilizando a substância.
O empresário alegou que Emmily teve um surto psicótico provocado pelas drogas e que se jogou do prédio. Valiente chegou a ser preso preventivamente, mas foi liberado poucos dias depois. Agora ele tem de se apresentar a cada 15 dias à polícia e não pode deixar o país. O homem é investigado por fornecimento de drogas e feminicídio.
De acordo com testemunhas, a brasileira teve uma discussão com o empresário, e vizinhos chegaram a escutar pedidos de socorro. No dia seguinte, um morador ligou para a polícia e reportou uma mulher nua caída no térreo. Emmily foi resgatada ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital.
A polícia trabalhava com as hipóteses de assassinato e de suicídio, sendo que essa última possibilidade foi imediatamente refutada pela família da moça. As investigações continuam na Argentina para determinar exatamente se a brasileira morreu de forma acidental ou se foi jogada do apartamento.
Emmily vivia no exterior havia algum tempo e tinha se estabelecido recentemente na Argentina. Segundo familiares, a brasileira tinha a intenção de voltar a viver no Brasil, em Salvador, para continuar seus estudos.
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