Cocaína rosa: o que é a droga ingerida por brasileira que caiu de prédio na Argentina?
Substância tem propriedades alucinógenas e pode ser encontrada em pó, cápsulas ou comprimidos
Internacional|Larissa Crippa*, do R7
A brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos, morreu ao cair do 6º andar de um prédio na Argentina. A autópsia, à qual o jornal Clarín teve acesso, revelou que ela havia consumido uma droga conhecida como cocaína rosa. Emilly estava no apartamento do empresário Francisco Sáenz Valiente, que nega ter fornecido a droga a Emmily, mas admite que tinha a substância em casa.
A droga que a brasileira consumiu, também conhecida como "tusi" em países latinos, não é nova — há registros dela já em 2012 —, mas demorou a se popularizar por ser muito cara. Ela ficou mais comum há cerca de um ano, em 2022, quando chegou aos jovens da Colômbia e a alguns países da Europa, como a Espanha. No Brasil, sua presença é ainda bem incomum justamente pelo seu alto preço.
A cocaína rosa só tem mesmo o nome parecido com o do famoso pó branco. Sua composição e seus efeitos são muito diferentes.
O 2-CB (2-dimetoxibenzaldeído), também chamado de pink powder em inglês, ou "vênus", "erox" e "nexus" entre os usuários, é mais facilmente encontrado entre usuários ricos, por se tratar de uma substância sintética com alto custo de produção. Sua circulação é praticamente restrita à população com maior poder aquisitivo.
A cocaína rosa é diferente da comum, tanto na composição quanto nos efeitos, porém ambas podem ser encontradas em "pó" e geram uma euforia inicial, o que motivou o apelido comum.
Depois do consumo, a pessoa pode se sentir estimulada e animada, mas, com o tempo, essa agitação evolui para alucinações. Isso acontece porque a substância pertence ao grupo das anfetaminas, que forçam atividades no sistema nervoso central.
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Essas atividades aumentam as frequências cardíaca e respiratória, alterando a pressão arterial e a temperatura do corpo. Em doses extremas, o uso pode levar à sobrecarga do coração, causando infartos.
A cocaína rosa causa dependência química, e seu excesso pode provocar overdose. Durante as alucinações, o usuário também está sujeito a ver e fazer coisas extremas, sem noção exata da realidade ao seu redor.
Seu uso e comercialização são, obviamente, proibidos em todo o mundo.