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Cofundador da OceanGate rebate críticas sobre submersível feitas pelo diretor do filme Titanic

James Cameron acusou a empresa de ignorar alertas de segurança; empresário nega que houve imprudência no projeto

Internacional|Do R7


Submersível Titan foi desenvolvido pela empresa OceanGate
Submersível Titan foi desenvolvido pela empresa OceanGate

O cofundador da empresa americana OceanGate Expeditions, cujo submersível implodiu com cinco pessoas a bordo perto dos destroços do Titanic, afirmou, nesta sexta-feira (23), que a segurança estava em primeiro lugar quando a companhia de exploração em águas profundas foi criada.

O diretor do famoso filme Titanic, James Cameron, acusou, nesta quinta-feira (22), a OceanGate Expeditions de ignorar os alertas de segurança depois que o piloto Stockton Rush, o outro fundador da empresa, e mais quatro pessoas morreram na implosão do submersível Titan durante a descida a quase 4.000 metros de profundidade.

Guillermo Söhnlein, empresário nascido na Argentina e estabelecido na Espanha, que fundou a OceanGate com Rush antes de abandonar a empresa, em 2013, afirmou que não participou do projeto de concepção do submersível Titan, mas negou que o amigo atuasse de forma imprudente.

"Ele era extremamente comprometido com a segurança", declarou à emissora britânica Times Radio. "Ele também era muito diligente na gestão de riscos e bastante consciente dos perigos de operar em um ambiente oceânico profundo."

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"Esta foi uma das principais razões pelas quais concordei em fazer negócios com ele em 2009", afirmou.

Söhnlein recordou que o próprio Cameron fez várias descidas em submersíveis — mais de 30 — até os destroços do Titanic, no Atlântico Norte, e até o ponto mais profundo da Terra, a fossa das Marianas, no oceano Pacífico.

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"Eu acho que ele foi questionado sobre um risco similar e disse: 'Olha, se algo acontecer nessa profundidade, será catastrófico em questão de microssegundos'", declarou. "A implosão acontece em velocidades quase supersônicas, e você basicamente estaria morto antes que seu cérebro pudesse processar que algo estava errado", acrescentou.

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Soehnlein enfatizou, no entanto, que é muito cedo para afirmar o que aconteceu com o Titan e que é muito complicado formular regras globais para os submersíveis projetados para navegar em grandes profundidades.

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Porém, a exploração em águas profundas deve continuar, apesar da tragédia, disse o empresário.

"Assim como na exploração espacial, a melhor maneira de preservar as memórias e os legados dos cinco exploradores é conduzir uma investigação, descobrir o que deu errado, tirar as lições aprendidas e seguir em frente", concluiu.

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