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Com 14 anos, jovem é a pessoa mais nova a ser intimada na Tailândia por 'difamar' a família real

Adolescente, que teria participado de um protesto, se tornou a 22ª ativista menor de 18 anos a enfrentar acusações deste tipo

Internacional|Maria Cunha*, do R7

Manifestantes protestam contra contra lei que protege a monarquia na Tailândia
Manifestantes protestam contra contra lei que protege a monarquia na Tailândia

Uma menina de 14 anos foi convocada pela polícia para interrogatório após supostamente “difamar a família real” da Tailândia, disse uma organização de direitos humanos.

A adolescente também participou de uma manifestação contra a monarquia do país.

Com isso, a tailandesa se tornou a pessoa mais jovem a enfrentar a acusação de difamação real, segundo os meios de comunicação The Thaiger e Thai Rath.

A Thai Lawyers for Human Rights disse que a menina não identificada é acusada de violar a Seção 112 do código criminal do país por participar de um protesto em Bangkok em outubro de 2022.


Ela está sendo interrogada na Delegacia de Polícia de Samran Rat na cidade – tornando-se a 22ª ativista menor de 18 anos a enfrentar as acusações. Três outras crianças de 14 anos receberam a acusação, mas acredita-se que a menina seja a mais nova delas.

Segundo relatos locais, a lei estabelece: “Quem difamar, insultar ou ameaçar o Rei, a Rainha, o Herdeiro aparente ou o Regente, será punido com pena de prisão de três a 15 anos.”


Se considerada culpada, ela pode enfrentar 15 anos ou mais de prisão por cada acusação, com uma mulher condenada a 43 anos por insultar a família real em 2021.

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Na semana passada, duas ativistas pró-democracia tailandesas foram levadas às pressas para o hospital depois de participarem de uma greve de fome por causa das prisões por infringirem a mesma lei.


De acordo com relatos do The Diplomat, Tantawan “Tawan” Tuatulanon e Orawan Phuphong estavam em greve de fome na Instituição Correcional Central Feminina de Bangkok por cerca de seis dias depois que a fiança delas foi revogada voluntariamente.

A dupla foi acusada de conduzir pesquisas de opinião pública sobre carreatas reais e foi libertada sob fiança – mas voltou ao tribunal em 16 de janeiro depois de revogar voluntariamente a fiança e jogar tinta vermelha em si mesmas do lado de fora do tribunal.

Advogados tailandeses de direitos humanos afirmam que 22 pessoas estão atualmente na prisão aguardando julgamento pelas mesmas razões.

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