O governo suíço decretou nesta segunda-feira (16), um estado de "situação extraordinária" e o fechamento de todos os estabelecimentos comerciais, de entretenimento ou considerados não essenciais e espaços públicos como parques durante as próximas 5 semanas, para frear a propagação do coronavírus.
Com 8,5 milhões de habitantes, a Suíça é o quinto país da Europa onde o vírus se espalhou mais rapidamente e já são 2.200 casos registrados.
Estabelecimentos que vendam produtos alimentícios, como padarias e açougues, assim como farmácias, bancos, correios, hoteis e refeitórios de empresas poderão abrir.
Sem quarentena
Diferente de países como Itália e Espanha, as pessoas não estão proibidas de sair de casa, mas o governo recomendou insistentemente que elas não saiam sem ter uma razão de peso, especialmente as pessoas com mais de 65 anos.
"Todos temos que respeitar essas medidas para deter a propagação do coronavírus e permitir que os hospitais atendam os que necessitam. Se tivermos muitos pacientes, a situação ficará muito difícil", disse a presidenta da Confederação Suíça, Simonetta Sommaruga.
A partir da meia-noite desta terça (17), todos os restaurantes, bares, discotecas, piscinas públicas, cinemas, mercados, salões de beleza, entre outros, terão de fechar até o próximo dia 19 de abril, pelo menos.
Estabelecimentos que oferecem qualquer tipo de serviço onde haja contato corporal deverão fechar também. Reuniões, sejam públicas ou privadas, não podem ter mais de 5 pessoas.
Escolas fechadas
Além dessas medidas, as escolas do país serão fechadas a partir desta semana até 4 de abril, mas em seguida haverá a paralisação da Semana Santa. Com isso, a volta das aulas presenciais não acontecerá antes de 20 de abril.
A Suíça, que não faz parte da União Europeia, também voltou a fazer controle de fronteira em suas divisas com a Alemanha, Áustria, França e Itália.