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Combate ao coronavírus na Europa esvazia ruas e fecha fronteiras

Veja como diversos países estão tomando medidas — algumas até radicais — para evitar a propagação do vírus e tentar conter a epidemia no continente

Internacional|Do R7

Praça de Espanha em Roma ficou vazia após decreto de quarentena total na Itália
Praça de Espanha em Roma ficou vazia após decreto de quarentena total na Itália

A Europa está correndo contra o tempo para evitar uma maior propagação do coronavírus. Nos países mais afetados, medidas drásticas estão sendo colocadas em prática, como é o caso da Itália. Porém, outros países também estão fechando e controlando fronteiras, proibindo voos e até mesmo reuniões de pessoas.

Enquanto o epicentro do coronavírus, a China, comemora a diminuição do número de novos casos, a todos os países da Europa já registraram casos da doença. Confira abaixo a situação de cada país.

Itália

O país apresenta o maior número de casos da Europa. O governo italiano praticamente proibiu a circulação e reunião de pessoas. Hoje é o primeiro dia de restrições de movimentos em todo o território italiano, onde o coronavírus já matou 463 pessoas e infectou quase 8 mil no país.

Por lá, não é possível deslocar-se de uma cidade para outra, a menos que seja por três razões específicas: trabalho, saúde ou uma emergência, pelas quais a pessoa em trânsito deve certificar em um documento.


O governo suspendeu as aulas em faculdades e universidades em toda a Itália até 3 de abril e proíbe expressamente "qualquer forma de aglomeração de pessoas em locais públicos".

As competições esportivas em áreas públicas ou privadas estão suspensas, como partidas de futebol, com exceção do treinamento de atletas para os Jogos Olímpicos, que podem utilizar esses espaços a portas fechadas.


Nas ruas, as pessoas devem manter uma distância recomendada de um metro uma da outra, os idosos devem permanecer em casa e os bares e restaurantes só estarão abertos das 6h (hora local) às 18h (hora local).

Cinemas, teatros, discotecas, museus ou bibliotecas estão fechados, assim como os eventos religiosos.


O governo lembrou que o decreto permite que as pessoas vão às compras como de costume e pediu calma, a fim de evitar aglomerações para fornecer alimentos, porque as mercadorias podem transitar por toda a Itália e não haverá escassez.

Espanha

Em apenas um dia, o número de pacientes com coronavírus na Espanha mais que dobrou e agora já somam 1.622 casos, além de 35 mortes até o momento. Por lá, o Ministério da Saúde decidiu fechar escolas e e instituições de ensino de Madrid, Vitória e Labastida, no País Basco.

O governo espanhol decidiu suspender voos diretos para a Itália, após ter sido anunciado que o país colocou todo o território em quarentena. Já os eventos esportivos continuam, mas a portas fechadas, ou seja, sem público.

França

O país já tem 30 mortes e 1.606 casos confirmadas. Agora, o ministro da Saúde da França, Olivier Véran, anunciou que todas as reuniões de mais de 1.000 pessoas seriam proibidas na tentativa de conter a propagação do coronavírus, exceto competições, manifestações e transporte público

Isso substituiu uma proibição anterior e menos rigorosa de reuniões de mais de 5.000 pessoas em espaços fechados.

De acordo com o jornal Le Figaro, são raras as instituições de ensino superior que decidiram fechar por causa do coronavírus, mas algumas cancelaram as aulas apesar de não terem fechado os campus. Outras mantém as aulas através de plataforma digitais.

Os voos também continuam normalmente, embora a Air France também ofereça alterações ou cancelamentos gratuitos e a British Airways cancelou vários voos entre a França e o Reino Unido devido à queda na demanda.

Pessoas usam máscara para circular em Paris, na França
Pessoas usam máscara para circular em Paris, na França

Grécia

A Grécia decidiu fechar todas suas escolas, creches e universidades por duas semanas para "retardar a disseminação" do novo coronavírus, que já infectou 89 pessoas em várias regiões gregas. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Vassilis Kikilias à imprensa.

Reino Unido

No Reino Unido, o número de casos subiu para 372 e a sexta morte causada pelo vírus foi confirmada. Com isso, os viajantes foram orientados a evitar qualquer ida a Itália que não seja essencial, bem como as pessoas levemente doentes foram orientadas a ficarem em casa.

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido pediu que as pessoas que chegam da Itália se isolem por 14 dias. Vários eventos culturais e artisticos foram adiados, incluindo o tradicional St. Patrick's Day.

No Reino Unido, havia 319 casos confirmados de coronavírus a partir das 09:00 GMT de segunda-feira, um aumento de 46 desde a mesma hora no domingo.

Holanda

A Holanda também registra um avanço rápido do Covid-19. O instituto Nacional de Saúde Pública holandês reportou 61 novos casos nas últimas 24 horas, elevando o total para 382 infectados, com 4 mortes.

Dinamarca

O país anunciou nesta terça-feira (10) que limitará a entrada em seu território de pessoas da Itália e exigirá um atestado médico que diz que não está infectado pelo novo coronavírus. Já foram registrados 158 casos de coronavírus até agora. Além disso, a Áustria irá repatriar os cidadãos autriacos. 

As aulas na universidades estão suspensas, além de eventos em locais fechados envolvendo mais de 100 pessoas e eventos externos com mais de 500.

A Dinamarca recomendou evitar o transporte público durante a hora do rush e proibiu a aterrissagem de aviões do norte da Itália, parte da Áustria, Irã e áreas da Coréia do Sul e China.

Nesta segunda-feira (9), dois turistas dinamarqueses foram barrados tentando entrar na Ilha da Madeira. Um casal decidiu furar a quarentena ao fim de uma semana para passar uns dias na Madeira. O filho deles contraiu a doença e eles deveriam permanecer 14 dias afastado do convívio social.

Alemanha

A Alemanha registrou nesta segunda-feira (09) duas mortes causadas pelo novo coronavírus, mas o número de infectados já passa de mil pessoas. Estes são os primeiros casos fatais registrados no país europeu. Apesar disso, é o país com o menos impactado com o novo vírus.

Mesmo assim, o ministro da Saúde, Jens Spahn, considera pedir o cancelamento de eventos com mais de 1.000 participantes para diminuir a propagação do vírus.

No estado de Brandemburgo, entre 4.000 e 5.000 pessoas terão que permaner em quarentena após professores de uma escola em Neustadt-Dosse, localizada a cerca de 90 quilômetros de Berlim, terem entrado em contato com um mulher que testou positivo para o covid-19. A medida atinge os 730 alunos da escola, funcionários e seus parentes.

A Alemanha irá ajudar as empresas afetadas pelas restrições para evitar o desemprego. 

Bélgica

Apesar de não registrar nenhuma morte por coronavírus, a Bélgica tem um número alto de infectados, 239 pessoas. Por isso, a primeira-ministra belga Sophie Wilmès anunciou hoje que todos os eventos com mais de mil pessoas serão cancelados como parte de medidas destinadas a retardar a propagação do coronavírus.

As escolas continuarão funcionando, mas o governo recomendou que as viagens escolares ao exterior fossem adiadas. Wilmès também aconselhou as pessoas a trabalhar em casa, se possível, e cancelar quaisquer reuniões não urgentes.

Hungria

O Banco Nacional da Hungria anunciou nesta terça-feira (10) que submeterá a uma quarentena às cédulas de florim húngaro e outras moedas que circulam pelo país para desinfetá-las.

A Hungria é o primeiro país europeu a utilizar esta tecnologia, já aplicada na China e na Coreia do Sul, para evitar a propagação do coronavírus através do dinheiro. Pelo menos dois casos de coronavírus foram confirmados no país.

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