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Cometa 3I/Atlas emite raios X, atividade inédita em objetos interestelares, mostra telescópio

Radiação é observada desde 1996 em diversos cometas, mas nunca em um vindo de fora do sistema solar

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O cometa 3I/Atlas emite raios X, um fenômeno inédito em objetos interestelares.
  • A observação foi realizada pelo satélite XRISM durante 17 horas, registrando um brilho de raios X ao redor do núcleo cometário.
  • A origem da emissão ainda precisa ser confirmada com estudos adicionais.
  • O cometa fará sua maior aproximação da Terra em 19 de dezembro, a 170 milhões de milhas de distância.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Satélite XRISM observou o cometa 3I/Atlas durante 17 horas em novembro Divulgação/XRISM

Enquanto se aproxima da Terra, o 3I/Atlas continua chamando atenção pelo comportamento incomum. Após mudar de cor, desenvolver cauda e apresentar um pulso luminoso, cientistas agora descobriram que o cometa emite raios X, algo inédito em um objeto interestelar.

Para registrar o fenômeno, o satélite XRISM fez uma observação especial do 3I/Atlas durante 17 horas. Como o telescópio não pode apontar perto do Sol, o monitoramento foi programado para quando o cometa estivesse em uma posição segura, o que aconteceu no fim de novembro.


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Segundo um relatório divulgado pelo projeto XRISM, a emissão de raios X no espaço é um fenômeno conhecido desde 1996, quando foi registrada no cometa Hyakutake. Desde então, a radiação foi identificada em diversos cometas, mas nunca em um objeto vindo de fora do sistema solar.

Apesar da descoberta, os pesquisadores alertam que estudos adicionais serão necessários para confirmar a origem da emissão. “Uma análise preliminar dos dados obtidos, após a reconstrução de imagens centradas no cometa, revelou um tênue brilho de raios X estendendo-se por aproximadamente 5 minutos de arco — correspondendo a uma distância de 400.000 km — ao redor do núcleo cometário", explica o relatório.


“Essa extensão é difícil de explicar apenas pelo desfoque devido ao desempenho de imagem do XRISM, sugerindo a possibilidade de uma nuvem difusa de gás envolvendo o cometa e emitindo um brilho fraco em raios X ao longo de várias centenas de milhares de quilômetros. No entanto, estruturas semelhantes podem surgir de efeitos instrumentais”, completa.

Os dados do XRISM foram publicados em 3 de dezembro e, desde então, cientistas preparam novas observações usando os resultados como referência. A equipe do estudo também deve continuar analisando o material para entender melhor a atividade do cometa.


O 3I/Atlas, avistado pela primeira vez em 1º de julho, chamou atenção pela velocidade e trajetória que indicam que não está preso à gravidade do Sol. Ele é apenas o terceiro objeto interestelar já confirmado pela ciência e fará sua maior aproximação ao redor da Terra no dia 19 de dezembro.

Em meio a tantas especulações e teorias da conspiração, a Nasa afirmou que o objeto não tem qualquer ligação com extraterrestres e também não representa ameaça ao planeta. De acordo com a agência, o cometa passará a 170 milhões de milhas de distância da Terrra.

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