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Comissão Europeia pede que países acolham navio de refugiados

Por enquanto, nenhum país se ofereceu para acolher os 507 imigrantes. Só Malta aceitou receber 39 dos últimos resgatados pela Open Arms

Internacional|Da EFE

Richard Gere levou mantimentos ao navio
Richard Gere levou mantimentos ao navio

A Comissão Europeia (CE) disse nesta terça-feira (13) que não pode fazer mais pelos imigrantes a bordo do navio da ONG Open Arms, enquanto os países da União Europeia (UE) não se prontificam a propor uma solução para o desembarque ou para a realocação destas pessoas.

Nenhum Estado-membro solicitou ao Executivo comunitário a coordenação destes trabalhos e Bruxelas não tem competência para ditar onde devem desembarcar os 151 imigrantes resgatados no Mediterrâneo, que estão há 12 dias no navio da ONG à espera da autorização de algum país para que possa atracar.

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A eles se somam outras 356 pessoas resgatadas pelo navio Ocean Viking, fretado pelas ONGs Médicos Sem Fronteiras e SOS Mediterranée, que está na mesma situação.

"Encontrar uma solução depende da vontade dos Estados-membros para participar dos esforços de solidariedade. Não temos competências para indicar os lugares para o desembarque ou coordenar as operações de busca e resgate", disse a porta-voz comunitária Vanessa Mock, que reiterou a postura que Bruxelas mantém desde a semana passada.


A porta-voz insistiu que a Comissão continua "seguindo de perto" a situação no Mediterrâneo e que está em "estreito contato" com os Estados-membros, e reiterou sua chamada aos países para que "demonstrem solidariedade e contribuam para uma solução rápida".

"Não há nada mais que possamos fazer desde o lado da Comissão Europeia além do que já fizemos", reiterou.


O Executivo comunitário está em contato com os Estados-membros para explorar as opções caso finalmente aconteça uma realocação dos imigrantes entre os países europeus, nos quais foi abordada também a situação do Ocean Viking, segundo informou a porta-voz.

Por enquanto, nenhum país se ofereceu para acolher os 507 imigrantes. Só Malta aceitou receber 39 dos últimos resgatados pela Open Arms.


De fato, o ministro italiano do Interior e líder do partido ultradireitista Liga, Matteo Salvini, pediu nesta terça-feira que o navio da Open Arms siga rumo à Espanha e assegurou que está "trabalhando" para evitar o desembarque dos imigrantes em seu país.

Com relação ao Ocean Viking, Salvini declarou que a "Líbia mostrou disponibilidade a oferecer um porto de desembarque", apesar de este país africano, em guerra desde 2011, não ser considerado um porto seguro por vários entidades internacionais.

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