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Como a pandemia alterou o formato do bico de pássaros nos Estados Unidos

Anatomia das aves mudou ao longo dos anos devido ao consumo frequente de restos de comida humana

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudo revela que a pandemia de Covid-19 alterou a anatomia de aves urbanas nos EUA.
  • Junco-de-olhos-escuros adaptou-se ao consumo de restos de comida humana, mudando o formato do bico.
  • Menor circulação de pessoas durante a pandemia favoreceu o desenvolvimento de bicos mais longos e finos.
  • Retorno da atividade humana resultou na rápida reversão para características urbanas nas gerações mais recentes.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Menor circulação de pessoas contribuiu para o desenvolvimento de bicos mais longos nas aves Pexels

Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences mostrou que a pandemia de Covid-19 provocou mudanças até mesmo na anatomia de aves que vivem em áreas urbanas dos Estados Unidos.

Pesquisadores observaram que o formato do bico do junco-de-olhos-escuros se transformou ao longo dos anos em resposta à presença ou ausência de humanos.


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Adaptados à rotina da cidade, esses pássaros desenvolveram características diferentes das populações silvestres, incluindo bicos mais curtos e robustos, possivelmente ligados ao consumo frequente de restos de comida humana.

Com menos pessoas circulando pelas ruas durante a pandemia, os alimentos urbanos diminuíram, e os pássaros nascidos nesse período passaram a apresentar bicos mais alongados e finos, semelhantes aos dos que vivem em ambientes naturais.


Para conduzir a pesquisa, os cientistas acompanharam aves ao longo de vários anos em áreas urbanas de Los Angeles e regiões florestais próximas. Em cada ave, foram feitas medições do corpo e do bico, além da identificação da idade.

Após o fim das restrições e o retorno gradual da atividade humana, os pesquisadores notaram que o “padrão urbano” voltou a aparecer nas gerações mais recentes. Para os cientistas, o fenômeno indica uma adaptação rápida às condições do ambiente, mostrando como mudanças no comportamento humano podem impactar diretamente a vida selvagem.

“O retorno da atividade humana levou a uma rápida reversão para a morfologia associada ao ambiente urbano. Essas descobertas mostram a rapidez e a intensidade com que os humanos podem afetar outras espécies. Por sua vez, a vida selvagem pode afetar profundamente a saúde e o bem-estar da humanidade. Nosso trabalho destaca a necessidade de compreender as complexas interações entre humanos e outras espécies”, diz um trecho do estudo.

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