Como a Rússia planeja desestabilizar cidades ucranianas incitando ‘protestos pacíficos’
Denúncia ocorre após a divulgação de uma investigação que apontou a infiltração da Cruz Vermelha Russa no Kremlin
Internacional|Do R7
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Os serviços de inteligência russos planejam desestabilizar cidades ucranianas por meio de supostos protestos pacíficos. O alerta foi feito pelo Comissário do Parlamento Ucraniano para Direitos Humanos, Dmytro Lubinets, que afirmou que Moscou prepara ações coordenadas em grandes centros urbanos do sul, do leste e também na capital Kiev. O Kremlin não se manifestou sobre as acusações.
Segundo informações recebidas pelo governo ucraniano, agências russas estariam organizando manifestações em cidades como Odessa, Dnipro, Kharkiv e Mykolaiv. O objetivo é criar um cenário favorável à desordem interna em um momento em que Ucrânia e Estados Unidos discutem possíveis condições para encerrar a guerra.
Lubinets afirmou que Moscou pretende explorar a vulnerabilidade da população. Ele disse que os organizadores estariam recrutando participantes com incentivos financeiros.
As ações focariam principalmente em mulheres, entre elas mães de militares que estão desaparecidos em combate ou são prisioneiros de guerra. Segundo ele, o Kremlin espera que esse perfil gere impacto emocional, atenção da imprensa e reação pública.
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No comunicado, o comissário afirmou que o plano russo busca pressionar a liderança militar e política da Ucrânia. Ele disse que o objetivo é provocar instabilidade social por meio da manipulação de tragédias pessoais.
Lubinets fez um apelo para que a população permaneça atenta. Ele afirmou que a Rússia continuará mirando a confiança e a unidade da sociedade ucraniana, além das famílias de soldados. Ele disse que a vigilância é essencial para impedir que essas situações sejam usadas como arma de informação.
A denúncia ocorre após a divulgação de uma investigação internacional que apontou a infiltração da Cruz Vermelha Russa no aparato de guerra do Kremlin. A apuração mostrou que a entidade treina crianças em habilidades militares, colabora com redes de propaganda e amplia sua presença em áreas ocupadas na Ucrânia.
Apesar disso, a organização continua recebendo milhões de euros do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, segundo reportagem publicada pelo Follow the Money em novembro.
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