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Como surgem os primeiros gatilhos da doença de Parkinson, segundo pesquisadores

Pesquisa mostrou que a doença começa a se desenvolver anos antes de os sintomas aparecerem

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Pesquisadores visualizaram aglomerados de proteínas no cérebro associados ao início da Doença de Parkinson.
  • A nova técnica de imagem permitiu observar oligômeros de alfa-sinucleína, até então invisíveis no tecido cerebral.
  • Estudo sugere que o Parkinson se desenvolve anos antes dos sintomas, melhorando diagnósticos precoces.
  • Ainda não há tratamento que impeça a progressão da doença; o foco é no mapeamento e testes diagnósticos.

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Amostras de tecido cerebral de indivíduos saudáveis (à esquerda) e de pessoas com Parkinson (à direita) Andrews et al.

Uma pesquisa divulgada nesta semana revelou um avanço no diagnóstico da doença de Parkinson. Pela primeira vez, cientistas conseguiram visualizar diretamente pequenos aglomerados de proteínas no cérebro que podem estar ligados ao início da doença.

O estudo, publicado na revista Nature Biomedical Engineering, foi realizado por uma equipe com pesquisadores da Universidade de Cambridge, da College London, Polytechnique Montréal e do instituto Francis Crick.


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Os aglomerados, conhecidos como oligômeros de alfa-sinucleína, já eram vistos como um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Parkinson, mas até então não tinham sido observados no tecido cerebral. A descoberta foi possível graças a uma nova técnica de imagem, que permite enxergar estruturas bilhões de vezes menores que um metro.

Até então, o diagnóstico do Parkinson era feito apenas quando os chamados corpos de Lewy, grandes massas de proteína acumuladas nos neurônios, eram identificados. No entanto, esses corpos só aparecem em estágios avançados da doença, quando a pessoa já teria identificado os sintomas. Com a possibilidade de observar os oligômeros, os cientistas acreditam que será possível encontrar sinais da doença muito antes.


Os pesquisadores observaram que os oligômeros estão presentes em cérebros de pessoas com Parkinson e de indivíduos saudáveis. A diferença é que no primeiro caso, eles aparecem em maior quantidade, mais brilhantes e com dimensões maiores. A descoberta mostrou que o Parkinson começa a se desenvolver anos antes de os sintomas aparecerem.

“É a primeira vez que conseguimos observar oligômeros diretamente em tecido cerebral humano nessa escala: é como conseguir ver estrelas em plena luz do dia”, disse Rebecca Andrews, uma das autoras do estudo.


Apesar das descobertas, os cientistas ressaltaram que o trabalho ainda está longe de encontrar um tratamento imediato. Embora os medicamentos disponíveis ajudem a aliviar tremores e dificuldades motoras, não impedem que a doença avance.

O que o estudo fez, segundo os especialistas, foi mapear o processo desde os primeiros sinais, o que pode ajudar a desenvolver testes diagnósticos mais precisos e métodos para acompanhar a eficácia de medicamentos em desenvolvimento.

Perguntas e Respostas

 

Qual foi o avanço histórico no entendimento da doença de Parkinson?

 

Uma pesquisa revelou que, pela primeira vez, cientistas conseguiram visualizar diretamente pequenos aglomerados de proteínas no cérebro que podem estar ligados ao início da doença de Parkinson.

 

Quem participou do estudo e onde foi publicado?

 

O estudo foi realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Cambridge, da College London, Polytechnique Montréal e do instituto Francis Crick, e foi publicado na revista Nature Biomedical Engineering.

 

O que são os oligômeros de alfa-sinucleína e qual a sua importância?

 

Os oligômeros de alfa-sinucleína são aglomerados de proteínas que já eram considerados responsáveis pelo desenvolvimento do Parkinson, mas que não haviam sido observados no tecido cerebral até agora. A nova técnica de imagem permitiu essa visualização, possibilitando a detecção da doença em estágios iniciais.

 

Como era feito o diagnóstico da doença de Parkinson antes dessa descoberta?

 

O diagnóstico do Parkinson era realizado apenas quando os corpos de Lewy, grandes massas de proteína acumuladas nos neurônios, eram identificados. Esses corpos aparecem em estágios avançados da doença, quando os sintomas já estão presentes.

 

Qual é a nova possibilidade trazida pela observação dos oligômeros?

 

Com a possibilidade de observar os oligômeros, os cientistas acreditam que será possível captar os sinais da doença muito antes do aparecimento dos sintomas.

 

O que os pesquisadores observaram sobre a presença dos oligômeros em cérebros saudáveis e de pessoas com Parkinson?

 

Os pesquisadores notaram que os oligômeros estão presentes em cérebros de pessoas com Parkinson e de indivíduos saudáveis, mas em maior quantidade, mais brilhantes e com dimensões maiores nos cérebros dos pacientes com Parkinson.

 

Qual a implicação da descoberta sobre o desenvolvimento da doença?

 

A descoberta indica que o Parkinson começa a se desenvolver anos antes dos sintomas aparecerem.

 

O que disse a Dra. Rebecca Andrews sobre a observação dos oligômeros?

 

A Dra. Rebecca Andrews afirmou que é a primeira vez que conseguem observar oligômeros diretamente em tecido cerebral humano nessa escala, comparando a descoberta a ver estrelas em plena luz do dia.

 

Os cientistas encontraram um tratamento imediato para a doença?

 

Não, os cientistas ressaltaram que o trabalho ainda está longe de encontrar um tratamento imediato. Os medicamentos disponíveis ajudam a aliviar os sintomas, mas não impedem a progressão da doença.

 

Qual é o objetivo do estudo em relação ao diagnóstico e tratamento da doença?

 

O estudo visa mapear o processo desde seus primeiros sinais, ajudando a desenvolver testes diagnósticos mais precisos e métodos para acompanhar a eficácia de medicamentos em desenvolvimento.

 

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