Como uma espiã russa foi presa após enviar mensagem ao FBI enquanto estava bêbada
Nomma Zarubina foi indiciada por mentir sobre contato com um integrante do serviço secreto da Rússia
Internacional|Do R7
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Uma mulher russa acusada de mentir ao FBI sobre supostos contatos com a inteligência russa foi presa esta semana após enviar repetidamente mensagens de texto, em estado de embriaguez, para um dos agentes do FBI.
A russa Nomma Zarubina, de 34 anos, teve a fiança revogada em uma audiência de emergência no dia 2 de dezembro. A Justiça entendeu que ela descumpriu de forma contínua as condições impostas ao aguardar julgamento e que representava risco de novas violações. Os promotores afirmam que ela ignorou as advertências judiciais e voltou a assediar o agente responsável pela investigação.
O procurador Jay Clayton afirmou que “a audácia demonstrada por esta última violação das condições de fiança da ré, enquanto aguarda-se a audiência de fiança, é extraordinária”. Clayton escreveu que Zarubina continuaria tentando influenciar o agente “a menos que e até que seja detida”.
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Zarubina foi indiciada no ano passado por mentir sobre contato com um integrante do Serviço Federal de Segurança da Rússia. Depois disso, passou a responder por transportar mulheres para fins de prostituição. Em abril de 2025, o caso ganhou acusações adicionais por falsificação no pedido de cidadania americana.
Em julho, os promotores disseram que ela começou a enviar mensagens ao agente do FBI. Os textos sugeriam envolvimento romântico, medo de vigilância russa e ameaças. O conteúdo levou a uma audiência em setembro. Seu advogado afirmou que ela precisava de tratamento para alcoolismo. A juíza Laura Taylor Swain aceitou o argumento, manteve a liberdade provisória e a advertiu de que aquela seria sua última oportunidade.
A advertência não surtiu efeito. Segundo as autoridades, Zarubina enviou mais de cinquenta mensagens ao agente após a decisão judicial. As capturas de tela mostram que ela o chamou de “meu amor” e depois enviou o texto “você é uma vadia”. Ela também perguntou se seria denunciada e reclamou da atenção recebida pelo caso de Maria Butina, a russa que se declarou culpada por atuar como agente não registrada nos Estados Unidos e foi deportada.
Os promotores pediram nova audiência no fim de novembro. Dessa vez, a Justiça considerou que a ré representava risco de assédio contínuo ao agente e decidiu pela prisão preventiva. O julgamento está marcado para junho do próximo ano.
O caso ganhou repercussão adicional porque Zarubina afirma em seu perfil no LinkedIn ter trabalhado no centro fundado por Elena Branson, indiciada em 2022 por atuar como agente estrangeira não registrada e hoje vivendo fora dos Estados Unidos. Ela também menciona passagem pela organização Sail of Hope, ligada à Comissão Econômica e Social das Nações Unidas.
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