Conflito no Sudão: Exército e grupo paramilitar estabelecem cessar-fogo de 24 horas
Suspensão dos combates pela disputa do poder deverá permitir a passagem de civis e a retirada de feridos
Internacional|Do R7
O Exército do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) chegaram nesta terça-feira a um acordo de cessar-fogo de 24 horas, proposto pelos Estados Unidos, de forma a garantir a passagem segura de civis e a retirada de feridos.
O cessar-fogo começará às 18h (hora local, 13h de Brasília) de terça-feira e não se estenderá além de 24 horas, segundo confirmou o líder do Exército sudanês, Abdel Fattah al Burhan, à emissora americana “CNN”, bem como o membro do Conselho Militar sudanês, Shams al Din Kabbashi, à rede saudita “Al Arabiya”.
Anteriormente, o líder das FAR, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, garantiu em sua conta oficial no Twitter que havia concordado com um armistício de 24 horas.
Ambos os lados haviam concordado nos dias anteriores com tréguas de algumas horas para permitir que os civis pegos no fogo cruzado fossem evacuados ou pudessem ir às ruas para se abastecer, embora os combates não tenham cessado.
Até agora, o Exército sudanês não emitiu nenhuma declaração confirmando esta trégua e, de fato, a única mensagem divulgada hoje pelas unidades militares a esse respeito foi acusar as FAR de aceitar esta trégua de um dia para "acobertar a derrota esmagadora que sofrerá em poucas horas".
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No âmbito da reunião de ministros de Relações Exteriores que o G7 realizou na cidade japonesa de Karuizawa, Blinken pediu um cessar-fogo de 24 horas que permita aos civis "voltar para suas famílias com segurança e obter os suprimentos de emergência que precisam desesperadamente".
"Um cessar-fogo de 24 horas pode assentar as bases para uma suspensão mais sustentada dos combates e um retorno às negociações sobre as aspirações democráticas", declarou Blinken em entrevista coletiva após a conclusão das reuniões na cidade japonesa.
Os confrontos ocorrem desde o último sábado após semanas de tensões entre o Exército e as FAR relacionadas à reforma das forças de segurança durante as negociações para um novo governo de transição.
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