Congresso sul-africano adia discurso de Jacob Zuma e crise continua
Presidente da África do Sul enfrenta várias denúncias de corrupção e o apoio de seu partido para que continue no cargo é cada dia menor
Internacional|Beatriz Sanz, do R7 com agências internacionais
A pressão para que o presidente sul-africano, Jacob Zuma, se afaste do cargo está cada vez maior. Nesta terça-feira (6) integrantes do Congresso afirmaram que o discurso sobre o Estado da Nação, que o presidente tradicionalmente faz na abertura dos trabalhos legislativos e que deveria acontecer na próxima quinta-feira, será adiado indefinidamente.
Esse adiamento mostra que Zuma está perdendo forças dentro de seu próprio partido, o CNA (Congresso Nacional Africano). Zuma enfrenta diversas acusações de corrupção e parte de seu partido deseja sua renúncia. Ele já anunciou que não tem intenções de deixar o poder por vontade própria.
O vice-presidente do país, Cyril Ramaphosa venceu as eleições para se tornar líder do CNA e com isso ganha forças para disputar as eleições que devem acontecer em 2019. Na última segunda-feira (5) houve marchas a favor e contra Zuma em Joanesburgo.
Até mesmo a Fundação Nelson Mandela, que cuida do legado do ex-presidente sul-africano, se manifestou pedindo a saída e Zuma. Em uma nota, a Fundação afirma que o afastamento do presidente deve acontecer “rapidamente” para evitar um “conflito violento”. O atual presidente foi vice de Nelson Madela.