O Rumble, uma plataforma de vídeos que se apresenta como alternativa ao YouTube, recentemente entrou com uma ação judicial nos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa argumenta que decisões judiciais brasileiras impactaram sua atuação e busca impedir que tais determinações tenham validade em solo norte-americano.Inicialmente, o site era voltado para conteúdos virais, incluindo vídeos de animais e desafios populares da internet. No entanto, ao longo dos anos, a plataforma se consolidou como um espaço que defende a liberdade de expressão, atraindo principalmente usuários que se sentiam restringidos pelas políticas de moderação de outras redes sociais.O visual e o funcionamento do Rumble são bastante similares aos do YouTube, permitindo que criadores publiquem seus vídeos e monetizem o conteúdo. Além disso, a plataforma tem investido em acordos com personalidades influentes e veículos de mídia para expandir seu alcance e consolidar-se como uma opção relevante no mercado de vídeos online.A ascensão do Rumble ganhou força especialmente após a intensificação das políticas de moderação de grandes redes sociais. Muitos criadores de conteúdo migraram para a plataforma em busca de um ambiente que permitisse maior liberdade editorial. Como resultado, o Rumble ampliou sua base de usuários e atraiu investidores interessados em fomentar uma rede menos sujeita a remoções e bloqueios de conteúdo.Um dos momentos decisivos para a expansão do Rumble aconteceu durante a pandemia, quando discussões sobre desinformação e discurso político levaram diversas plataformas tradicionais a adotarem medidas mais rigorosas. Em resposta, o Rumble passou a se posicionar como um refúgio para aqueles que alegavam censura em outras redes. Com isso, a plataforma viu sua valorização crescer de forma significativa, captando investimentos e consolidando parcerias estratégicas.Além da monetização dos vídeos, a plataforma também se envolveu em negociações para atrair criadores de grande alcance. Um dos casos mais notórios foi a tentativa de contratação de Joe Rogan, um dos podcasters mais influentes do mundo. O Rumble ofereceu uma quantia milionária para que ele levasse seu programa para a plataforma, em um esforço para ampliar seu alcance e credibilidade no mercado de streaming de vídeos.Outro episódio que demonstrou a postura da plataforma foi sua recusa em atender a solicitações de governos e órgãos reguladores para remover ou desmonetizar determinados conteúdos. O CEO do Rumble, Chris Pavlovski, já declarou publicamente que a empresa se mantém fiel ao compromisso de preservar um espaço livre de restrições que, segundo ele, poderiam comprometer a diversidade de opiniões.