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Conheça o tenista ucraniano que bateu Federer, foi para a guerra e causou prejuízo bilionário a Putin

Sergiy Stakhovsky deixou o tênis e passou a participar de missões que atingiram depósitos de mísseis e bases aéreas russas

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Sergiy Stakhovsky, ex-tenista ucraniano, se destacou ao vencer Roger Federer em 2013.
  • Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, deixou a carreira esportiva para se alistar no serviço militar.
  • Atualmente, participa de operações da unidade especial Alpha, causando prejuízos bilionários ao governo russo.
  • Stakhovsky compara sua experiência no tênis com a realidade da guerra, destacando a gravidade das perdas na batalha.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Stakhovsky começou atuando com morteiros e depois passou a trabalhar com drones
Stakhovsky começou atuando com morteiros e depois passou a trabalhar com drones Reprodução/X

Sergiy Stakhovsky passou mais de duas décadas competindo nas quadras de tênis e entrou para a história do esporte ao derrotar Roger Federer em 2013, encerrando a sequência de 36 quartas de final consecutivas do suíço em Grand Slams. Hoje, três anos após o início da invasão russa, ele integra o Centro de Operações Especiais Alpha do Serviço de Segurança da Ucrânia e participa de ataques a bases e depósitos russos, incluindo operações com drones de longo alcance que causaram prejuízos bilionários ao governo de Vladimir Putin.

Nascido e criado em Kiev, filho de um médico e de uma professora universitária, Stakhovsky começou a jogar tênis ainda criança. Aos 12 anos, a família se reuniu para decidir se ele continuaria no esporte. Alguns anos depois, ao disputar a final júnior do US Open contra Andy Murray, percebeu que tinha chance de sucesso profissional. Em 2008, em 209º lugar no ranking mundial, conquistou seu primeiro título da ATP ao derrotar Ivan Ljubičić em Zagreb. Em 2013, venceu Federer em Wimbledon, mostrando que, mesmo na era de Nadal, Djokovic e Federer, era possível superar os melhores do mundo.


Após a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, Stakhovsky deixou sua carreira internacional de lado. Ele já havia se alistado nas Forças de Defesa Territorial da Ucrânia semanas antes e viajou para o país sem informar seus três filhos. “Minha mãe ligou de manhã cedo: ‘Há explosões enormes por toda parte’. Liguei a TV e vi algo que nunca esquecerei: o horizonte da minha cidade natal, Kiev, em chamas”, disse.

O ex-tenista começou atuando com morteiros e depois passou a trabalhar com drones, participando de missões que atingiram depósitos de mísseis e bases aéreas russas em Engels, Toropets e Krasnodar. Ele também participou da Operação Teia de Aranha, em que drones FPV lançados de caminhões danificaram 41 aeronaves e causaram US$ 7 bilhões em perdas. Segundo Stakhovsky, o Centro Alpha destruiu mais de US$ 5 bilhões em equipamentos russos, sem contar refinarias e outras instalações estratégicas. “Pequenos grupos podem fazer grandes coisas. Se esses são os testes mais tranquilos, quão difíceis eram antes?”, afirmou ao portal United24Media.


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Stakhovsky afirma que a guerra mudou sua vida e que, apesar de sentir falta do tênis, percebeu a diferença entre derrota no esporte e perda na guerra. “Você perde na guerra e perde vidas, a sua ou a dos seus companheiros”, disse. Ele lembra ainda a experiência de vencer Federer como um momento que lhe deu confiança para acreditar que era possível superar adversidades mesmo em cenários extremos.

O ex-tenista também relata a distância em relação a colegas russos. Até 2014, mantinha proximidade com os atletas russos Mikhail Youzhny e Andrey Rublev, mas rompeu relações após a anexação da Crimeia e o início da invasão em larga escala. Hoje, os esportistas russos continuam a competir internacionalmente, mas sem bandeiras.


O presidente Volodymyr Zelensky assinou em 2025 uma lei expandindo o quadro da Alpha para pelo menos 10 mil integrantes, reconhecendo a importância estratégica da unidade. Stakhovsky segue atuando em missões de alto risco. “Mais recentemente: Engels, Toropets, Toropets-2”, relata sobre operações profundas em território russo.

Ele compara a carreira no tênis com o serviço militar. “Sinceramente, adoro tênis. Gosto de estar em quadra. Mas, depois da invasão, fiquei quase dois anos e meio sem assistir a jogos de tênis. Esporte e guerra têm semelhanças: você luta até o fim quando está exausto. Mas perde uma partida e joga de novo em poucos dias. Perde-se na guerra e perde-se vidas”, afirmou.

Perguntas e Respostas

 

Quem é Sergiy Stakhovsky?

 

Sergiy Stakhovsky é um ex-tenista ucraniano que competiu por mais de duas décadas e ficou conhecido por derrotar Roger Federer em 2013, interrompendo uma sequência de 36 quartas de final consecutivas do suíço em Grand Slams.

 

O que Stakhovsky fez após a invasão russa?

 

Após a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, Stakhovsky deixou sua carreira no tênis e se alistou nas Forças de Defesa Territorial da Ucrânia, participando de operações militares contra as forças russas.

 

Quais foram as contribuições de Stakhovsky no conflito?

 

Stakhovsky integrou o Centro de Operações Especiais Alpha do Serviço de Segurança da Ucrânia, participando de ataques a bases e depósitos russos, utilizando drones de longo alcance que causaram prejuízos bilionários ao governo de Vladimir Putin.

 

Como foi a infância e a carreira inicial de Stakhovsky?

 

Nascido em Kiev, Stakhovsky começou a jogar tênis na infância. Ele decidiu seguir a carreira profissional após disputar a final júnior do US Open contra Andy Murray. Em 2008, conquistou seu primeiro título da ATP e, em 2013, venceu Federer em Wimbledon.

 

Como Stakhovsky descreve sua experiência na guerra em comparação ao tênis?

 

Stakhovsky afirma que a guerra mudou sua vida e que a diferença entre perder no esporte e perder na guerra é significativa, pois na guerra se perde vidas. Ele também menciona que a experiência de vencer Federer lhe deu confiança para enfrentar adversidades.

 

Qual é a relação de Stakhovsky com jogadores russos?

 

Stakhovsky manteve proximidade com jogadores russos como Mikhail Youzhny e Andrey Rublev até 2014, mas rompeu relações após a anexação da Crimeia e a invasão em larga escala. Atualmente, os jogadores russos competem internacionalmente, mas sem bandeiras.

 

O que o presidente Volodymyr Zelensky fez em relação ao Centro Alpha?

 

Em 2025, o presidente Volodymyr Zelensky assinou uma lei para expandir o quadro do Centro Alpha para pelo menos 10 mil integrantes, reconhecendo a importância estratégica da unidade.

 

Como Stakhovsky se sente em relação ao tênis após a invasão?

 

Stakhovsky expressa que ama o tênis, mas ficou quase dois anos e meio sem assistir a jogos após a invasão. Ele compara a luta no esporte com a luta na guerra, destacando que, enquanto no esporte se pode recuperar rapidamente de uma derrota, na guerra as perdas são irreparáveis.

 

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