Conselheiro de Segurança dos EUA visita Kiev e diz que apoio 'inabalável' continuará
Alguns republicanos defendem que a ajuda americana à Ucrânia seja reduzida caso o partido ganhe o controle do Congresso
Internacional|Do R7
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse durante uma visita a Kiev, nesta sexta-feira (4), que o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia permanecerá "firme e inabalável" após as eleições parlamentares da próxima terça-feira (8).
"Temos total intenção de garantir que os recursos estejam lá conforme necessário e que obteremos votos de ambos os partidos para que isso aconteça", disse Sullivan a repórteres durante um briefing na administração presidencial ucraniana.
Alguns republicanos defendem que a ajuda dos EUA a Kiev seja reduzida caso o partido ganhe o controle do Congresso dos EUA nas eleições de 8 de novembro. No mês passado, o principal republicano da Câmara, Kevin McCarthy, disse que os americanos não deveriam "passar um cheque em branco" à Ucrânia.
Mas Sullivan, que se reuniu com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, e seu chefe de gabinete, Andriy Yermak, disse que o presidente americano, Joe Biden, está comprometido com a cooperação bipartidária "sob qualquer cenário" para manter o fluxo de ajuda econômica, humanitária e de segurança.
"Estou confiante de que [...] o apoio dos EUA à Ucrânia será firme e inabalável, e não falo isso por falar", disse Sullivan.
Horas depois, o Pentágono anunciou mais 400 milhões de dólares (cerca de R$ 2 bilhões) em ajuda militar a Kiev.
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O apoio militar e financeiro dos EUA e de outros países ocidentais tem sido vital para a Ucrânia, que se defende de uma invasão russa em larga escala, lançada em 24 de fevereiro.
A visita de Sullivan ocorreu um dia depois que os senadores Chris Coons, democrata, e Rob Portman, republicano, viajaram para a capital ucraniana, em uma tentativa de sinalizar o apoio bipartidário dos EUA.
Yermak disse que a reunião de sexta-feira com Sullivan foi "muito importante" e que os parceiros da Ucrânia "compreendem totalmente nossa situação".