COP26: brasileira se junta a outros jovens pela preservação do planeta
Mahryan Sampaio, embaixadora da juventude da ONU, defende um discurso mais plural sobre o clima e cobra líderes mundiais
Internacional|Pablo Marques, do R7
Mahryan Sampaio, de 21 anos, é embaixadora da juventude da ONU e ao lado de outras três brasileiras forma uma comitiva que estará nesta semana em Glasgow, na Escócia. Elas participam da COP26, a cúpula das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.
A brasileira irá se juntar a um grande grupo de jovens com idade em torno dos 20 anos para pressionar os líderes mundiais presentes na conferência a adotarem compromissos de preservação do planeta. "A importância dos jovens nesses espaços é tremenda", diz.
A mobilização dos jovens para participar de um evento sobre o clima e o meio ambiente é uma tentativa de expor as demandas de uma parcela da população que costumava ficar de fora dos debates.
“A juventude não é o futuro. A juventude é o presente e o presente já está sendo afetado. Os desastres ambientais não estão restritos a apenas uma área e já viraram rotina no mundo todo”, afirma Mahryan.
Mahryan destaca também a importância dessas discussões serem cada vez mais diversas.
"Existem pessoas incríveis no Brasil, na Ásia e na África que falam a partir de suas próprias perspectivas e isso tem sido considerado cada vez mais nesse espaço de decisão, inclusive na COP", afirma.
Antes de encarar os principais nomes da política mundial, jovens de mais de 140 países se reuniram na COY (Conferência Jovem para Mudança Climática, na sigla em inglês), conferência que está na 16ª edição e que é voltada para capacitar, preparar e ouvir a voz da juventude. Esse encontro resultou em um documento que será levado para a COP e é uma das formas de amplificar o discurso da juventude.
“Nós temos muito a dizer e isso até então não era valorizado. Hoje nós conseguimos projetar muitas mais vozes” diz a brasileira. “Mas ainda é preciso avançar", completa.
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Mahryan destaca a importância de cobrar que as metas do Acordo de Paris, em vigor desde 2016 e ratificado por mais de 140 nações, inclusive o Brasil, deixem de ser postergadas e passem a ser cumpridas.
Quanto a sua participação na cúpula, a brasileira se diz "otimista" e afirma: "Estando a juventude nesses espaços de decisão, nós não deixamos que certas coisas aconteçam. Nós pressionamos e estamos ali falando nos ouvidos dos líderes mundiais”.