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COP26 chega a acordo para acelerar luta contra mudanças climáticas

Sem garantirem o objetivo de limitar o aquecimento global a +1,5°C, 200 países selaram o Pacto Climático de Glasgow

Internacional|Gabriel Croquer, do R7

Britânico Alok Sharma presidiu as negociações
Britânico Alok Sharma presidiu as negociações

Cerca de 200 países reunidos na COP26 (Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas) firmaram neste sábado (13) o Pacto Climático de Glasgow para acelerar o combate às mudanças climáticas e traçar as bases de um futuro financiamento, mas sem garantir o objetivo de limitar o aquecimento global a +1,5°C.

A aprovação final do texto, após duas semanas de difíceis negociações, foi selada pelo martelo do britânico Alok Sharma, membro do Parlamento do Reino Unido, que presidiu as negociações.

Com o novo pacto, a meta global continua sendo limitar o aquecimento a +2,0ºC, taxa firmada no Acordo de Paris, em 2015. O pacto ainda afirma que, para atingir a meta otimista de reduzir o aquecimento em 1,5ºC, as emissões de dióxido de carbono teriam que ser reduzidas em 45% até 2030 e a 0 até a metade deste século. 

Para possibilitar a redução de emissões, o acordo também urge que os países desenvolvidos cumpram a meta de juntar pelo menos US$ 100 bilhões por ano para financiar ações contra ações climáticas pelo mundo. 


No encontro, o Brasil, por meio do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, se comprometeu a reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 50% até 2030. O presidente Jair Bolsonaro também participou do encontro e afirmou que o país "é parte da solução para superar esse desafio global”.

A aprovação do pacto veio cerca de três meses depois de um relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), da ONU, apontar a aceleração do aquecimento global e concluir que o fenômeno é causado principalmente pela ação humana.


O órgão ainda estima que por volta de 2030 a temperatura média do planeta seja 1,5ºC ou 1,6ºC maior, o que vai aumentar a ocorrência de eventos climáticos extremos.

O evento ocorreu entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia. A COP é organizada pela ONU anualmente desde 1995, com exceção de 2001 e 2019, quando teve duas edições, e em 2020, ano no qual a pandemia da Covid-19 impediu que a Escócia sediasse a conferência.


Para esta edição, a ONU tinha quatro grandes objetivos para ser colocados na discussão entre as delegações mundiais presentes no evento. O primeiro objetivo das Nações Unidas é que os países se comprometam a reduzir drasticamente a emissão de gases nocivos à Terra até 2030.

A ONU também busca propor que as nações se adaptem para proteger comunidades e habitats, criando uma grande união entre os países para que trabalhem em conjunto. Para atingir esses objetivos, a ONU estima que os países devem mobilizar ao menos 100 bilhões de dólares anualmente até 2030 para a luta contra as consequências do efeito estufa.

O evento deste ano também serviu para reunir os líderes mundiais presentes no Acordo de Paris e no Protocolo de Kyoto para debaterem esses tratados, ambos em prol da redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa.

Uma das novidades da COP26, inclusive, foi o retorno dos Estados Unidos como participante no Acordo de Paris, sob a liderança do presidente Joe Biden.

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