Coreia do Norte antecipa 'diálogo e confronto' com EUA, diz Kim
Líder norte-coreano diz que país deve se preparar para negociações difíceis com o governo Joe Biden
Internacional|Do R7
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou que seu país deve se preparar para "o diálogo e o confronto" com os Estados Unidos sob a presidência de Joe Biden, informou a agência estatal KCNA nesta sexta-feira (18, quinta 17 de Brasília).
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Durante uma reunião nesta quinta-feira do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, atualmente no poder, Kim Jong-un delineou sua estratégia para as relações com Washington e a tendência política da nova administração americana, revelou a KCNA.
Kim “enfatizou a necessidade de se preparar para o diálogo e o confronto e, especialmente, estar bem preparado para o confronto a fim de proteger a dignidade de nosso Estado” e garantir um “ambiente de paz”, acrescentou a agência oficial de notícias.
O líder norte-coreano "pediu uma reação rápida e clara para enfrentar a mudança da situação e concentrar esforços para assumir o controle estável da situação na península coreana".
Política hostil
Pyongyang já havia acusado Biden de seguir uma "política hostil" e advertido que seria um "grande erro" do presidente norte-americano dizer que enfrentaria a ameaça do programa nuclear norte-coreano "com diplomacia e dissuasão".
O antecessor de Biden, o republicano Donald Trump, fez manchete — embora tenha resultado em pouco progresso prático — com uma série de encontros diretos com Kim, uma política que Biden disse que não seguirá a menos que os termos mudem dramaticamente.
Em uma visita a Washington em maio do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, Biden anunciou que não se encontraria com Kim a menos que houvesse um plano de negociação concreto sobre o arsenal nuclear de Pyongyang.
A Casa Branca disse que buscará uma "abordagem política calibrada", que no jargão diplomático é entendida como manter um perfil baixo e a mente aberta.
"Entendemos onde esforços anteriores encontraram dificuldades e tentamos aprender com eles", afirmou um alto funcionário da Casa Branca.