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Coreia do Norte dispara míssil balístico no mar do Japão

Lançamento ocorre após um porta-aviões dos EUA chegar à região para manobras, em um teste de força com Pyongyang

Internacional|Do R7

Porta-aviões dos EUA atracou na Coreia do Sul em cooperação militar
Porta-aviões dos EUA atracou na Coreia do Sul em cooperação militar

A Coreia do Norte lançou neste domingo (25) um míssil balístico não identificado no mar do Japão, logo após um porta-aviões dos Estados Unidos ter chegado à região para manobras, em um teste de força com Pyongyang. 

As Forças Armadas sul-coreanas "detectaram o disparo de um míssil de curto alcance lançado pela Coreia do Norte às 6h53 (18h53 de sábado no horário de Brasília) perto de Taechon, província de Pyongan do Norte, no mar do Japão", informou neste domingo (25) o Estado-Maior Conjunto sul-coreano em comunicado.

O míssil percorreu cerca de 600 km a uma altura de 60 km com velocidade de Mach 5, segundo o comunicado. "Nossas Forças Armadas mantêm uma postura de alerta e cooperam estreitamente com os Estados Unidos enquanto fortalecem a vigilância", ressaltou.

O lançamento ocorre em meio a relatos de que Pyongyang está se preparando para lançar um míssil balístico de um submarino. É o mais recente teste bélico de Pyongyang neste ano, depois do disparo de um míssil balístico intercontinental de pleno alcance.


Em maio, a Coreia do Norte disparou um míssil balístico de curto alcance de Sinpo, o maior estaleiro naval do país. A guarda costeira japonesa emitiu um alerta para os navios na área.

O ministro da Defesa japonês, Yasukazu Hamada, disse que o míssil caiu fora da zona de exclusão econômica do Japão. "O lançamento de mísseis balísticos da Coreia do Norte é absolutamente imperdoável, e a notável melhoria em sua tecnologia de mísseis é algo que não podemos ignorar", disse Hamada.


O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, que assumiu o cargo em maio, prometeu intensificar os exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos após anos de diplomacia fracassada com a Coreia do Norte sob seu antecessor. 

Na sexta-feira (23), o porta-aviões USS Ronald Reagan, movido a energia nuclear, e os navios de seu grupo de ataque atracaram ao porto de Busan, no sul, como parte de um esforço de Seul para intensificar a cooperação militar com Washington. 


Yoon também deve se reunir com a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, em Seul, na quinta-feira, após uma visita, em maio, do presidente Joe Biden e, em setembro, da presidente da Câmara, Nancy Pelosi. 

"Este último teste ocorre em meio à chegada do USS Ronald Reagan nesta semana e à visita da vice-presidente a Seul na próxima semana", comentou Soo Kim, analista da RAND Corporation, "É a maneira da Coreia do Norte de desafiar a aliança Seul-Washington", disse. O USS Reagan realizará exercícios conjuntos este mês na costa leste da Coreia do Sul. 

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul são aliados históricos e realizaram inúmeros exercícios militares conjuntos, que definem como defensivos, mas Pyongyang os considera ensaios para uma invasão.

Autoridades em Washington e Seul alertam há meses que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, está se preparando para realizar outro teste nuclear. O regime realizou seis testes nucleares desde 2006. O último, e mais poderoso, foi em 2017, que segundo Pyongyang foi uma bomba de hidrogênio com potência estimada em 250 quilotons.

"A Coreia do Norte pode estar adiando seu sétimo teste nuclear por respeito à China, que terá uma conferência política que (o presidente) Xi Jinping está preparando rigorosamente para estender seu governo", aponta o professor Leif-Eric Easley, da Universidade Ewha de Seul. "Mas há limites para o autocontrole de Pyongyang".

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