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Coreia do Norte dispara três mísseis balísticos e finaliza ano de testes sem precedentes

Segundo autoridades da Coreia do Sul, projéteis voaram a uma altitude de 100 km e cobriram um alcance de cerca de 350 km

Internacional|Do R7

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Coreia do Norte realizou número recorde de testes com mísseis em 2022
Coreia do Norte realizou número recorde de testes com mísseis em 2022

Militares da Coreia do Sul afirmaram neste sábado (31) que a Coreia do Norte disparou três mísseis balísticos em direção ao mar no leste da Península Coreana.

Os lançamentos são os mais recentes em um número sem precedentes de testes de mísseis conduzidos pela Coreia do Norte neste ano, enquanto Pyongyang avança no desenvolvimento de armas em meio a especulações de que poderia testar uma arma nuclear pela sétima vez.

Os três mísseis balísticos de curto alcance foram disparados por volta das 8h, no horário local, a partir da província de North Hwanghae, ao sul da capital Pyongyang, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

Todos os três voaram a uma altitude de cerca de 100 km e cobriram um alcance de cerca de 350 km, segundo o Ministério da Defesa do Japão.

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"O lançamento de mísseis balísticos da Coreia do Norte é uma grave provocação que prejudica a paz e a estabilidade na Península Coreana, bem como a comunidade internacional", disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, condenando as atitudes como uma clara violação da resolução do Conselho de Segurança da ONU e incitando a paralisação imediata.

O Comando Indo-Pacífico dos EUA disse que os lançamentos recentes não representam uma ameaça imediata ao pessoal ou território norte-americano, nem aos aliados de Washington, mas destacaram o impacto desestabilizador do programa de armas da Coreia do Norte.

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A Coreia do Norte de Kim Jong-un voltou a figurar rotineiramente no noticiário internacional com o aumento dos testes militares do país, capitaneados pelas centenas de lançamentos de mísseis. Outros fatos, como o surto de Covid-19 e a aparição pública de Ju Ae, filha do ditador, também marcaram 2022. Confira os principais acontecimentos norte-coreanos neste ano
O primeiro semestre na Coreia do Norte foi marcado pela chegada da Covid-19 ao país. As autoridades locais registraram quase 5 milhões de infecções desde o fim de abril, com apenas 74 mortes de acordo com o balanço oficial, o que representa uma taxa de letalidade de 0,002%, segundo a KCNA
Acredita-se que o país, fechado ao restante do mundo, não estivesse preparado para um surto da doença. Ou seja, os norte-coreanos não possuíam vacinas nem testes suficientes para toda a população. A hipótese mais provável é que a Covid-19 tenha entrado na Coreia do Norte a partir do trânsito de importações da China e se espalhado pela nação após um desfile militar
No campo político-militar, Pyongyang intensificou os testes com mísseis no último trimestre do ano. A primeira grande movimentação, porém, aconteceu dentro do Parlamento da Coreia do Norte, que tornou o status nuclear do país "irreversível"
Coreia do Norte dispara dois mísseis balísticos de curto alcance
Chuva de mísseis Em resposta às manobras aéreas conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, as mais importantes da história entre os dois países, a Coreia do Norte disparou em novembro um recorde de mísseis em direção ao mar do Japão, com um recorde de 23 lançamentos em 24 horas em 2 de novembro
Pessoas assistem a uma reportagem sobre um míssil disparado pela Coreia do Norte, em Seul
Dias depois, Jong-un, por meio da mídia estatal do país, se pronunciou dizendo que a Coreia do Norte se tornará a maior força nuclear da Terra. Para o ditador, os norte-coreanos têm a arma estratégica mais poderosa do mundo
Durante um dos lançamentos, Jong-un apareceu ao lado da filha, Ju Ae. Foi a primeira vez que a jovem foi vista em público ao lado do pai. As imagens da menina foram divulgadas pela própria mídia estatal norte-coreana
Há a expectativa de que a jovem suceda a Jong-un na liderança da Coreia do Norte, sendo a primeira mulher a ocupar esse cargo no país. Não há indícios de que o país reduza o número de testes em 2023, e deve aumentar a tensão militar presente na região

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