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Coreia do Norte lança dois mísseis em retaliação a exercícios militares sul-coreanos

O lançamento acontece depois que os Estados Unidos enviaram hoje um bombardeiro estratégico B-1 para a península coreana 

Internacional|Do R7

O ditador Kim Jong-un intensificou a produção de armas em fábricas norte-coreanas
O ditador Kim Jong-un intensificou a produção de armas em fábricas norte-coreanas

A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos de curto alcance nesta quarta-feira no Mar do Leste (Mar do Japão). A informação foi divulgada pelo Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) e também foi confirmada pelo governo do Japão.

"Nossos militares detectaram dois mísseis balísticos de curto alcance lançados pela Coreia do Norte da área de Sunan (onde está localizado o Aeroporto Internacional de Pyongyang) no Mar do Leste entre 23h40 e 23h50 (hora local, 12h40-12h50 de Brasília)", disse o JCS em um comunicado.

O órgão militar falou inicialmente, tal como as autoridades japonesas, no lançamento de um único projétil.

Os projéteis voaram cerca de 360 ​​quilômetros antes de atingir a água, acrescentou o JCS, observando que as autoridades sul-coreanas e americanas continuam tentando confirmar e analisar dados sobre o incidente.


O lançamento acontece depois que os Estados Unidos enviaram hoje um bombardeiro estratégico B-1 para a península coreana como parte de seus grandes exercícios conjuntos com a Coreia do Sul, os Ulchi Freedom Shield (UFS), e também em resposta "ao que a Coreia do Norte assegura ter sido o lançamento de um foguete espacial", segundo o Ministério da Defesa sul-coreano.

No último dia 24 de agosto, Pyongyang lançou um foguete Chollima-1 para tentar, sem sucesso, colocar em órbita pela segunda vez este ano um satélite espião, uma ação que os aliados consideraram como um teste secreto da tecnologia de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), algo que é proibido pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU.


Na semana passada, a Coreia do Norte já havia alertado aos aliados no início dos UFS que a execução destas manobras militares poderiam acabar desencadeando uma “guerra termonuclear”.

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Após o fracasso das conversas de desnuclearização entre Washington e Pyongyang em 2019, a península tornou-se mais uma vez palco de uma escalada militar persistente, com o regime de Kim Jong-un testando mísseis repetidamente e os aliados realizando grandes exercícios militares e mobilizando periodicamente material estratégico do Pentágono.


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