Costa sudeste dos EUA se prepara para chegada do furacão Dorian

O furacão Dorian aproxima-se lentamente da costa sudeste dos Estados Unidos, que se prepara para a passagem do fenômeno climático com retirada obrigatória de alguns moradores de suas casas e declarações de estado de emergência.

Após chegar à categoria 5, a máxima na escala Saffir Simpson, durante passagem pelas Bahamas, onde até o momento, segundo dados oficiais, causou cinco mortes, Dorian se afasta do arquipélago na direção noroeste a 7 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).

As últimas previsões da agência federal aliviaram o sul da Flórida, que na quarta-feira (4) deve retomar as aulas nas escolas e universidades, assim como a operação plena de seus aeroportos, mas o restante desse estado e os do norte seguem em alerta.

O governador Ron DeSantis reiterou nesta terça (3) seu pedido para que os moradores da Flórida "não subestimem" os impactos de Dorian, entre eles "inundações, danos estruturais, ressacas ciclônicas e fortes erosões de praias nas nossas comunidades litorâneas".

Em sua trajetória, paralela à costa sudeste dos EUA, Dorian tem "aviso" de furacão em grande parte do litoral da Flórida, bem como uma parte do litoral da Carolina do Sul.

Este alerta, de acordo com os meteorologistas, significa que é "iminente" que sejam sentidos os efeitos do ciclone em um período de 36 horas.

Cancelamentos

Embora tenha descartado que o olho de Dorian castigue diretamente a Flórida, tempestades causadas pelo fenômeno continuam afetando vários destinos turísticos da região, provocando, por exemplo, o fechamento dos parques temáticos do complexo Walt Disney World por algumas horas.

O ciclone também obrigou o cancelamento das operações do Aeroporto Internacional de Orlando, que transporta anualmente mais de 49 milhões de passageiros, até amanhã.

Tanto o governo da Flórida como os dos estados de Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul declararam "estado de emergência" para que as autoridades possam responder com maior agilidade a ocorrências devido a estragos que possam ser causados por Dorian, que avança com ventos de 175 km/h.

Diante dos riscos de inundação, governos locais e dos condados dos quatro estados estabeleceram retiradas obrigatórias de moradores de suas casas em regiões consideradas mais vulneráveis. Este é o caso do condado de Palm Beach, na Flórida, onde até o luxuoso clube privado Mar-a-Lago, do presidente Donald Trump, está entre as áreas que podem ser atingidas.

No sul da Flórida, o terminal aéreo de Fort Lauderdale, ao norte de Miami, deve retomar hoje as operações regulares - o de Miami não chegou a fechar.