Preocupadas com a possibilidade de que os recentes protestos contra o racismo e a violência policial nos EUA possam causar novas ondas de contágio do novo coronavírus, autoridades pediram nesta quinta-feira (4) que os manifestantes façam testes para detectar se foram infecados.
Em imagens: Primeiro velório de George Floyd reúne familiares e ativistas
O diretor do CDC (Centro para Controle de Doenças, na sigla em inglês), Robert Redfield e Tim Walz, governador de Minnesota, estado onde fica Minneapolis, onde George Floyd foi morto, fizeram o alerta por causa das grandes multidões foram às ruas de dezenas de cidades no meio da pandemia.
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Protestos aconteceram em Mineápolis e Washington, cidades que registraram números significativos de transmissão do vírus, disse Redfield a um comitê do Congresso.
"Esses indivíduos que participaram dos protestos pacíficos ou que estão fora de casa protestando, e especialmente se eles estiveram em áreas metropolitanas que não controlaram a epidemia (...) queremos que esses indivíduos considerem seriamente serem avaliados e testados", disse Redfield.
"Eu acredito, sim, que exista um potencial para que esses sejam eventos com muitas contaminações", disse.
Outros especialistas de saúde e autoridades de governo também alertaram que os grandes protestos de rua poderiam causar uma alta nos novos casos de coronavírus.
Preocupações de que uma segunda onda também poderia chegar junto com a temporada de gripes no outono do Hemisfério Norte aumentaram os temores de que o sistema nacional de saúde do país possa ficar sobrecarregado.
Preocupação em Minnesota
Por sua vez, o governador de Minnesota, Tim Walz, fez seu apelo no Twitter. Ele colocou no post informações sobre como e onde os moradores do estado podem pedir para fazer os exames.
"Todos que protestaram devem receber um teste para covid-19. Se você acha que foi exposto, faça o teste 5 dias após a manifestação. Se o resultado for negativo, faça outro teste 14 dias após o evento", pediu o governador.