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Covid-19 satura sistemas de saúde e mundo corre atrás de soluções

Países montam instalações provisórias com equipamentos, médicos e leitos para ajudar pacientes em estado não grave e aliviar redes de atendimento

Internacional|Giovanna Orlando, do R7

Hospitais de campanha tentam aliviar sistemas de saúde sobrecarregados
Hospitais de campanha tentam aliviar sistemas de saúde sobrecarregados

A pandemia de coronavírus pelo mundo está sobrecarregando hospitais, que ficam sem leitos, equipamentos e médicos para atenderem a todas as pessoas que chegam apresentando sintomas.

Em diversos países, como a Itália, a prioridade é atender casos urgentes, mas sem começar a tratar dos casos leves logo no começo, a doença deteriora rapidamente o paciente.

Na Itália, as autoridades afirmaram que os hospitais estão chegando no colapso, o que significa que os recursos, leitos e profissionais disponíveis não conseguem mais dar conta do número de infectados.

O Reino Unido já descreveu o fluxo de pacientes em seus hospitais como um "tsunami contínuo". Centro da pandemia nos EUA, Nova York lida com falta de leitos e respiradores, além filas imensas de pessoas em busca de testes.


Para ajudar no momento de crise, hospitais de campanha são montados em estádios, estacionamentos e centros de convenção. Ali, médicos militares tem à sua disposição equipamentos, leitos e uma equipe preparada para tratar dos casos não urgentes.

Até agora, França, Arábia Saudita, Suécia, Sérvia, Brasil, Estados Unidos, Espanha, Paquistão e Colômbia montaram ou estão montando hospitais de campanha para ajudar a aliviar hospitais sobrecarregados.


Primeira vez desde a guerra

Os hospitais de campanha na Europa são conduzidos por médicos militares. Na França, esse tipo de instalação não era usado desde a Segunda Guerra Mundial, quando soldados feridos eram atendidos.

Um dos hospitais franceses tem espaço para 30 enfermos começou a funcionar na terça-feira (24) e já recebeu o primeiro paciente.


A China também tinha hospitais temporários durante o ápice da doença e conseguiu levantar um hospital em Wuhan, epicentro da doença, em apenas 10 dias.

Os hospitais e postos de atendimento são montados onde é possível e onde a logística permite durante o momento de crise. Na Espanha, até um rinque de patinação no gelo foi usado como necrotério pela falta de espaço em outros lugares.

Em São Paulo, o estádio do Pacaembu e o Anhembi serão usados para a montagem de hospitais de campanha e atendimento da população que está apresentando sintomas da doença e não está em caso grave.

Os Estados Unidos, que podem se tornar o novo epicentro da doença já que os casos sobem rapidamente, montou um hospital de campanha em um campo de futebol em Washington. Até o momento, Nova York é o estado com o maior número de casos e de mortee pode ficar sem equipamento em breve.

Mesmo com o avanço do país e um cenário pessimista à frente, o governador da Flórida relutou para determinar a quarentena no estado, que obriga os cidadãos a ficarem em casa, só saírem para realizar tarefas de extrema necessidade e determina o fechamento de todos os estabelecimentos não essenciais.

Segundo a CNN, o presidente Donald Trump disse que quer ver o país voltando à normalidade em abril e que a economia volte ao normal para a Páscoa. A previsão do presidente americano vai contra o pensamento e o cenário na Europa, onde o governo italiano disse que a quarentena pode se estender por mais tempo.

A pandemia em números

A pandemia de coronavírus pelo mundo já deixou mais de 470 mil infectados e mais de 21 mil mortos. A Itália lidera no número de fatalidades, com mais de 6 mil mortos, seguida pela Espanha, que na quarta-feira (25) chegou a 3.434 mortos, superando a China, com mais de 3.200 mortos

Os principais sintomas do coronavírus são febre alta, tosse seca e constante, falta de ar e dificuldade para respirar. Outros sintomas de gripe, como dores musculares, nariz escorrendo, dor de cabeça ou náusea podem aparecer no começo.

Até agora, pelo menos 109 mil pessoas no mundo se recuperaram do coronavírus, mas há casos de reinfecção. 

As principais medidas indicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar o vírus são ficar em casa, sair apenas se muito necessário, manter distância de pelo menos um metro das pessoas quando estiver na rua, tossir e espirrar na dobra do cotovelo e lavar as mãos com frequência.

EM FOTOS: Hospitais de campanha aliviam sistemas de saúde lotados

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