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Covid: número de mortes pode ser maior que o dobro de dados oficiais

Estudo de universidade norte-americana estima em 6,9 milhões as vítimas fatais pelo novo coronavírus no mundo

Internacional|Do R7

Hospital de campanha atende pacientes com covid-19 na zona norte de São Paulo
Hospital de campanha atende pacientes com covid-19 na zona norte de São Paulo

A pandemia da covid-19 pode ter causado quase 6,9 milhões de mortes em todo o mundo, mais que o dobro do número registrado oficialmente, estimou uma nova análise do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

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Muitas mortes não são notificadas porque a maioria dos países registra apenas aquelas que ocorreram em hospitais ou de pacientes com o diagnóstico confirmado, de acordo com o relatório

O IHME é uma organização independente de pesquisa em saúde que fornece medições comparativas dos problemas de saúde do mundo e foi citado no passado pela Casa Branca. Os relatórios do instituto são observados de perto pelas autoridades de saúde pública internacionais.

O número oficial do óbitos por coronavírus está fortemente relacionado à quantidade de testes em cada país, disse o IHME. "Se você não fizer muitos testes, você está mais suscetível a perder mortes por Covid", disse Christopher Murray, diretor do IHME.


O IHME estimou o total de óbitos por covid-19 comparando as mortes previstas por todas as causas, com base nas tendências pré-pandemia, com o número real de todas as mortes causadas durante a pandemia.

Nos Estados Unidos, a análise estimou mais de 905.000 mortes relacionadas à covid-19. Os números oficiais do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) apontavam para 575.491 mortes por coronavírus até quarta-feira (5).


No caso do Brasil, o número estimado de óbitos é de 595.903. Dea acordo com o Ministério da Saúde, o país registra atualmente 419.114 mortes confirmadas pela doença.

O relatório do IHME inclui apenas as mortes causadas diretamente pelo vírus, não as causadas pela sobrecarga nos sistemas de saúde e nas comunidades resultante da pandemia.

"Muitos países têm dedicado esforços excepcionais para medir o número de vítimas da pandemia, mas nossa análise mostra como é difícil rastrear com precisão uma doença infecciosa nova e de disseminação rápida", disse Murray.

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