CPJ denuncia detenção e ataques a jornalistas em protestos no Brasil

Nova York, 21 jun (EFE).- O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) denunciou nesta sexta-feira que pelo menos 25 jornalistas brasileiros foram detidos ou atacados durante os protestos das últimas duas semanas em diferentes cidades de país. "Os jornalistas que cobrem os protestos maciços no Brasil estão tendo um papel-chave no funcionamento democrático do país, informando a população sobre temas de grande interesse", disse o coordenador para as Américas do CPJ, Carlos Lauria. A organização de defesa da liberdade de imprensa pediu a Polícia e manifestantes para respeitarem o trabalho feito pelos profissionais de imprensa, e que as autoridades garantam sua segurança e investigue qualquer ataque. Segundo dados recolhidos pelo CPJ, pelo menos 15 jornalistas foram atacados durante os protestos em São Paulo desde o dia 13 de junho, dois dos quais tiveram que ser hospitalizados com ferimentos no rosto. Além disso, a PM deteve pelo menos cinco jornalistas enquanto cobriam os protestos, enquanto os repórteres de grandes canais de televisão foram alvo de ataques dos manifestantes em São Paulo e Rio de Janeiro. O CPJ lembrou hoje que nos últimos dois anos o Brasil sofreu um aumento da violência que transformou o país em um dos mais perigosos do mundo para os jornalistas, segundo o Índice de Impunidade elaborado todo ano pela organização. Na última semana, centenas de milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra o aumento do preço do transporte público, a corrupção, as despesas nos grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e para pedir melhorias na saúde e na educação. EFE elr/ma