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CPJ denuncia que 32 mulheres jornalistas estão presas no mundo

Segundo a entidade, países como Turquia, China e Arábia Saudita respondem pela maior parte das mulheres detidas por exercício do jornalismo

Internacional|Da EFE

Gulmira Imin foi condenada à prisão perpétua na China
Gulmira Imin foi condenada à prisão perpétua na China

O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) denunciou nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, que 32 jornalistas estão presas no mundo todo por exercerem seu trabalho, a maioria delas na Turquia.

Dos 68 jornalistas detidos nesse país, 14 são mulheres e a maioria é acusada de crimes contra o Estado, como Hatice Duman, diretora do jornal "Atilim", condenada à prisão perpétua acusada de ser membro de um partido proibido de ideologia marxista-leninista.

Acusações similares recaem sobre as jornalistas Ayse Nazli Ilicak, Hanim Büsra Erdal, Aysenur Parildak, entre outras.

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A China é o segundo país com mais repórteres detidas, sete das quais seis enfrentam acusações contra o Estado e seus trabalhos são usados pelas autoridades chinesas como provas do crime de "provocar brigas e problemas".

A jornalista especializada em direitos humanos Gulmira Imin cumpre pena de prisão perpétua por separatismo, vazamento de segredos de Estado e organização de manifestações ilegais.


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A China também acusa de crimes parecidos Atikem Rozi, Wang Jing, Wang Shurong, Li Zhaoxiu, Ding Lingjie e Chimengul Awut.

Na Arábia Saudita, as jornalistas Eman al-Nafjan, Nouf Abdulaziz, Hatoon al-Fassi e Nassima al-Sadah foram por detidas criticarem a lei que proibia as mulheres de dirigir e continuam presas mesmo depois de a proibição ter sido eliminada, em junho do ano passado.


O Vietnã tem duas mulheres presas, Tran Thi Nga e Huynh Thuc Vy, por "fazer propaganda contra o Estado" e por "fazer pichações na bandeira do país".

Em Israel, duas blogueiras palestinas - Lama Khater e Israa Lafi - estão detidas pelas forças armadas do país e, embora não tenham recebido acusações formais, ambas foram críticas tanto com Israel como com a autoridade palestina.

No Egito, duas fotojornalistas estão presas - Shorouk Amgad e Zeinab Abu Ouna - dentro do macro processo judicial conhecido como "caso 441", no qual dúzias de pessoas são acusadas de divulgar notícias falsas e de serem membros de grupos proibidos, renovando quinzenalmente as permissões de detenção dos jornalistas.

Por último, na Síria está detida há quase uma década Tal al-Mallohi, uma blogueira que escrevia sobre direitos humanos e políticos e, embora um tribunal tenha ordenado sua libertação há cinco anos, ela continua presa por suspeitas de ser espiã dos Estados Unidos.

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