Criadores da Sputnik e AstraZeneca passam a cooperar por nova vacina
Memorando para trocar informações, entre russos e britânicos, foi assinado nesta segunda-feira (21) e contou com a presença virtual de Vladmir Putin
Internacional|Da EFE
As empresas russas responsáveis pelo desenvolvimento e fabricação da vacina Sputnik V e a britânica AstraZeneca assinaram nesta segunda-feira (21) um memorando de cooperação na luta contra a covid-19.
Do lado russo, o acordo de cooperação foi assinado pelo Centro de Pesquisa Gamaleya, pelo Centro Russo de Investimentos Diretos e pela empresa farmacêutica R-Farm.
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De acordo com o diretor do Centro Gamaleya, Alexandr Ginzburg, os preparativos russos e britânicos têm muitas semelhanças, por isso sua compatibilidade promete ser alta.
"Os testes clínicos na verdade já estão começando e acho que não vão exigir muito investimento e muito tempo", disse Ginzburg durante a cerimônia de assinatura do documento, que contou com a presença, por videoconferência, do presidente russo, Vladimir Putin.
O chefe do Kremlin destacou que “é importante aproveitar todas as possibilidades oferecidas pela cooperação internacional para aproximar o máximo possível o momento da vitória sobre a infecção”.
“Ciente da nossa responsabilidade comum, é importante compreender que a cooperação é precisamente capaz de multiplicar os resultados alcançados por determinados países e empresas”, acrescentou.
Putin também saudou o fato de os especialistas russos terem feito uma "contribuição substancial" para a luta contra o coronavírus. A esse respeito, ele acrescentou que três vacinas eficazes contra o coronavírus já foram desenvolvidas na Rússia.
A AstraZeneca relatou recentemente planos de investigar a combinação de sua vacina, desenvolvida com a Universidade de Oxford, com o imunizante russo, Sputnik V, para aumentar sua eficácia.
A Rússia acrescentou 29.350 novas infecções de covid-19 nesta segunda-feira, um máximo diário desde o início da pandemia, além de 493 mortes pela doença.
O país aposta no aumento das restrições em função da campanha de vacinação, que começou no país em dezembro.
Especialistas russos apontaram que as vacinas contra covid-19 que já foram registradas são capazes de proteger também contra a nova cepa de coronavírus, que está se espalhando na Europa.