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Cúpulas de G7 e Otan buscarão manter unidade diante da Rússia

Países têm como foco o apoio à Ucrânia diante da ofensiva russa, que entra em seu quinto mês sem dar sinais de que terminará logo

Internacional|Do R7

Países do G7 e da Otan têm como foco o apoio à Ucrânia
Países do G7 e da Otan têm como foco o apoio à Ucrânia

Os países do G7 e da Otan buscarão, a partir do domingo (26), reafirmar sua unidade diante da Rússia em suas reuniões de cúpula, no momento em que a guerra na Ucrânia entra em seu quinto mês sem dar sinais de que terminará no curto prazo.

Os líderes do G7, entre eles o presidente americano Joe Biden, se encontrarão no castelo de Elmau, nos Alpes da Baviera, no sul da Alemanha, na reunião anual do clube dos sete países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.

Tanto esse encontro como a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que ocorrerá em Madri durante dois dias a partir da terça-feira (28), terão como foco o apoio à Ucrânia diante da ofensiva russa.

O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, anfitrião do G7, lembrou nesta semana que o apoio à Ucrânia requererá "perseverança", mas destacou que "ainda estamos longe" de negociações de paz entre Kiev e Moscou.


"A agressão da Rússia fez com que os sete países ficassem mais conscientes de que necessitam uns dos outros", observou Stefan Meister, pesquisador do instituto alemão DGAP. Isso fica ainda mais evidente quando se considera que a inflação e a ameaça de uma crise energética e alimentar poderiam pôr à prova a resistência da comunidade internacional.

A guerra na Ucrânia poderia durar "anos", advertiu o secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg.


Outro Plano Marshall?

Os líderes poderiam discutir a possibilidade de implementar uma espécie de Plano Marshall para reconstruir a Ucrânia, uma ideia lançada por Scholz nesta semana, que poderia custar "bilhões" e envolver "várias gerações".

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski conversará com os líderes do G7 na segunda-feira (27), por videoconferência, e espera-se que ele peça mais armas e mais pressão sobre a Rússia.


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Ele também participará de forma remota da cúpula da Otan, que reunirá 30 países, na última etapa de uma intensa maratona diplomática que começou nesta quinta-feira (23) com um encontro de líderes europeus em Bruxelas, no qual a Ucrânia obteve o status de candidata à União Europeia (UE).

A aliança deve revelar seus planos para proteger seu flanco oriental, próximo da Rússia. Um reforço defensivo que será acompanhado de um novo "conceito estratégico", a primeira revisão da agenda da aliança em dez anos, que deverá endurecer sua posição em relação à Rússia e mencionar, pela primeira vez, os desafios apresentados pela China.

Contudo, o bloqueio da Turquia às candidaturas de Suécia e Finlândia põe uma sombra sobre a demonstração de unidade dos aliados.

'No limite'

Para "manter o rumo" em relação à Rússia, não há que suavizar as sanções econômicas, e tampouco se deve reduzir o apoio militar e financeiro à Ucrânia, ressaltou o chanceler alemão.

Contudo, depois de várias rodadas de sanções, "estamos no limite, sobretudo no tocante às sanções energéticas" que "têm um custo elevado para o G7 e para a economia mundial", destacou Stefan Meister.

O governo alemão acusa Moscou de reduzir drasticamente o fornecimento de gás para provocar uma crise energética na Europa antes do inverno. Além disso, diversas regiões estão sendo afetadas pelo aumento dos preços dos alimentos.

Nesse contexto, a participação de Argentina, Indonésia, Índia, Senegal e África do Sul no G7 envia uma mensagem importante.

"Um desafio crucial é convencer muitos países não ocidentais, céticos quanto às sanções, de que o Ocidente leva em conta as suas preocupações", opinou Thorsten Brenner, diretor do Global Public Policy Institute.

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