Dia de protesto pacífico em Santiago termina com repressão policial
Manifestantes chegaram pela primeira vez à sede do governo do Chile, de maneira pacífica, e a confusão começou quando a polícia tentou dispersá-los
Internacional|Da EFE
O 13º dia seguido de protestos de cunho social no Chile começou marcado pela tranquilidade nas manifestações que aconteceram nesta quarta-feira (30) em Santiago, mas com o passar das horas começaram distúrbios e confrontos com a polícia.
A convocação para uma greve geral por parte de sindicatos, estudantes e professores ocorreu pacificamente, com os manifestantes chegando pela primeira vez em frente ao Palácio de La Moneda, a sede do governo, algo que não tinha acontecido até então. No entanto, o clima de tranquilidade terminou quando os carabineiros (polícia militarizada) tentaram dispersá-los.
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Jatos d'água, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram usados pelas forças de segurança, e em questão de minutos os manifestantes se dispersaram. Por outro lado, os policiais foram atacados com pedras por grupo de encapuzados que apareceu no local.
Houve também confrontos perto das margens do rio Mapocho, que atravessa a cidade de leste a oeste e se tornou uma espécie de fronteira natural entre manifestantes e policiais.
Após 13 dias de protestos, o balanço oficial do governo contabiliza 20 mortos, e segundo o Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile (INDH) 1.233 pessoas ficaram feridas nos protestos em todo o país, e 3.712 foram detidas.