Diretora de presídio onde Jeffrey Epstein morreu é afastada
Suposto suicídio de milionário acusado de pedofilia e de manter rede de exploração sexual de menores está sendo investigada
Internacional|Da EFE
A diretora da prisão federal de Nova York, onde o milionário Jeffrey Epstein foi encontrado morto há três dias, Shirley Skipper-Scott, foi afastada do cargo nesta terça-feira (13), segundo informações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Em comunicado, a porta-voz do Departamento de Justiça Kerry Kupec informou que o procurador-geral, William Barr, ordenou a mudança temporária de Skipper-Scott para a seção da região nordeste do Escritório de Prisões.
VEJA TAMBÉM: Palácio de Buckingham nega acusações ao príncipe Andrew
Além disso, foram colocados em "baixa administrativa" outros dois empregados do Centro Correcional Metropolitano (MCC), como se chama a prisão onde Epstein estava recluso após ter sido acusado de tráfico sexual de menores.
"Estamos à espera do resultado das investigações do FBI e do OIG (Escritório do Inspetor Geral) sobre aparente o suicídio de Jeffrey Epstein, ex-presidiário do MCC", diz a nota do Departamento de Justiça.
Irregularidades estão sendo investigadas
Ainda segundo as autoridades, Skipper-Scott será substituída provisoriamente por James Petrucci, até agora diretor da Instituição Correcional Federal de Otisville, em Nova York.
Leia também
Os guardas da segurança do MCC estavam fazendo a ronda matutina do último sábado quando encontraram Epstein, de 66 anos, enforcado na sua cela por volta das 6h30 (local, 8h30 de Brasília), segundo o Departamento de Prisões.
"Agora soubemos de irregularidades sérias nesta instalação que são profundamente preocupantes e pedimos uma investigação completa", destacou Barr em um evento da polícia local de Nova Orleans. O procurador-geral prometeu que as autoridades chegarão ao fundo do que ocorreu e haverá prestação de contas.
Epstein teria pedido para sair de programa pra suicidas
De acordo com a imprensa local, que cita fontes ligadas ao caso, os advogados de Epstein pediram às autoridades no fim do mês passado que o seu cliente fosse retirado do programa para a prevenção do suicídio. A solicitação foi feita após reuniões de até 12 horas diárias com o acusado, depois de uma suposta tentativa em 23 de julho.
A morte do magnata, ocorrida repentinamente e em circunstâncias estranhas, fez com que circulem várias teorias conspiratórias devido aos personagens com os quais o milionário se relacionava, como o ex-presidente Bill Clinton e o atual, Donald Trump.