Dois migrantes de El Salvador que tinham solicitado asilo nos Estados Unidos morreram no fim de semana passado enquanto estavam sob custódia das autoridades americanas após serem detidos, informaram fontes oficiais nesta segunda-feira (3).
Jonathan Alberto Medina León, mais conhecida como Johana, era uma mulher transgênero que se entregou à Patrulha de Fronteira no dia 11 de maio, após entrar nos EUA de forma irregular por Paso del Norte (no Texas), e morreu no sábado no centro médico Del Sol, na cidade de El Paso, segundo um comunicado do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, em inglês).
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O segundo caso é de um salvadorenho de 33 anos, cuja identidade não foi divulgada, que morreu no domingo, perto da cidade de Roma, no Texas, devido a uma aparente crise epiléptica sofrida pouco depois de ser detido.
De acordo com o diretor de operações do Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça (CBP, em inglês), John P. Sanders, citado em comunicado divulgado pela emissora "CNN", a vítima "morreu depois que os serviços de atendimento médico tentaram salvar sua vida".
Johana Medina León, que disse temer pela vida caso fosse repatriada a El Salvador, tinha solicitado às autoridades um exame de HIV, cujo resultado foi positivo. Após se queixar de dores no peito, ela foi transferida a um hospital, onde passou por exames. No mesmo dia, o ICE processou a libertação da salvadorenha sob fiança.
"Este é outro infeliz exemplo de um indivíduo que entra ilegalmente nos EUA com uma doença sem diagnóstico e nem tratamento", denunciou em comunicado o diretor do escritório de campo do ICE, Corey A. Price.
As autoridades americanas detiveram 98.977 imigrantes ilegais na fronteira com o México em abril, o maior número dos últimos seis meses, entre eles 8.897 menores desacompanhados, segundo dados publicados no início de maio pelo CBP.
O novo balanço aumenta para 460.294 o número de detenções de imigrantes na fronteira desde o início do atual ano fiscal de 2019, que começou em outubro.