Efeito Lava Jato: cai aprovação de políticos peruanos envolvidos no escândalo

Os principais líderes políticos do Peru viram sua aprovação popular despencar após serem reveladas as primeiras ligações entre eles e a corrupção na Petrobras pela Operação Lava Jato. A notícia foi publicada pelo El Comercio, tradicional diário peruano.

A Operação Lava Jato foi associada pela população do país aos três últimos presidentes do Peru. Dentre os entrevistados, 65% disseram acreditar que o escândalo tem ligações com o governo de Alan Garcia, que comandou o país entre 2006 e 2011. 

Alejandro Toledo, presidente de 2001 a 2006, ficou com 55%. Já o atual mandatário, Ollanta Humala, é visto com desconfiança por 42% dos peruanos.

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De acordo com o presidente executivo do centro de estudos Ipsos Peru, Alfredo Torres, as suspeitas sobre a Operação Lava Jato "se somam às alegações de corrupção envolvendo estes e outros líderes políticos e evidenciam um descrédito generalizado, tanto em relação ao atual governo quanto aos seus oponentes".

Deste modo, a aprovação do ex-presidente Alan Garcia caiu de 25% em julho para 21% em agosto. Assim como a do ex-chefe de Estado Alejandro Toledo, de 27% para 18%; o líder da Força Popular Keiko Fujimori, de 44% para 37%; o ex-ministro das Finanças, Pedro Pablo Kuczynski, de 43% para 37%; e a da primeira-dama Nadine Heredia, de 18% para 17%.

Para o presidente executivo do Ipsos Peru, o descrédito generalizado "pode ter um impacto sobre as próximas eleições".

— Se a população suspeita dos principais líderes políticos e as investigações concentram-se em acusações de vários crimes, isso abre espaço para o eleitorado procurar uma nova alternativa que ofereça uma política interna limpa de corrupção.

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