Eleição na Bulgária têm grande participação e ocorrem com normalidade

A normalidade democrática e uma participação superior à esperada marcam as eleições gerais que são realizadas neste domingo na Bulgária, após a renúncia do Governo conservador de Boiko Borisov em fevereiro pelos protestos populares, informaram à Agência Efe fontes do Ministério do Interior.

A participação média no país alcançou 12,17% até as 10h30 (local, 4h30 de Brasília), três horas depois da abertura dos colégios, segundo a porta-voz da Comissão Central Eleitoral, Ralitza Negentsova. Nas eleições gerais de 2009, a porcentagem de eleitores que foram às urnas a essa hora era de cerca de 10%, e a participação total foi de 60,2%. O descontentamento social no país mais pobre da União Europeia, com um salário médio de 350 euros, e a desconfiança em relação à classe política, acusada de corrupção e defensora dos oligopólios, marcam o pleito.

Devido a essa situação, as pesquisas prévias indicavam uma baixa participação, de pouco mais de 50%. Por sua vez, a procuradoria búlgara informou neste domingo que na última semana começou a investigar 43 supostos casos de irregularidades eleitorais, 17 deles relacionados com possíveis casos de compra de votos. Temendo possíveis irregularidades, cinco partidos encarregaram o Sora (Instituto Austríaco de Pesquisas Sociais) de uma apuração paralelo dos votos.

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Será a primeira apuração paralela desde 1990, quando foram realizadas as primeiras eleições democráticas no país depois da queda do comunismo. A votação de hoje terá também um número inédito de observadores eleitorais: pelo menos 275 de organismos internacionais e 11.878 nacionais.

Os temores de fraude aumentaram durante a semana, quando a Polícia anunciou que apreendeu 350 mil cédulas eleitorais fraudulentas em uma propriedade de um vereador da formação conservadora Gerb. Foi aberta uma investigação sobre uma possível tentativa de compra de votos, e os resultados serão anunciados depois do pleito. EFE vp-ll/dr