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Eleições na Venezuela 'não refletem a vontade do povo', apontam EUA

Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, não reconheceu a vitória política dos apoiadores de Nicolás Maduro

Internacional|Do R7

Anthony Blinken não legitimou resultados eleitorais venezuelanos
Anthony Blinken não legitimou resultados eleitorais venezuelanos

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou nesta segunda-feira (22) que as eleições regionais de domingo (21) na Venezuela, nas quais o chavismo do presidente Nicolás Maduro venceu por esmagadora maioria, "não refletem a vontade do povo venezuelano".

"As detenções arbitrárias e o assédio de atores políticos e da sociedade civil, a criminalização das atividades dos partidos da oposição, a proibição de candidatos em todo o espectro político, a manipulação das listas de eleitores, a censura persistente dos meios de comunicação e outras táticas autoritárias sufocaram praticamente o pluralismo político e garantiram que as eleições não refletissem a vontade do povo venezuelano", afirmou Blinken em um comunicado. 

O chavismo no poder venceu no principal município, Caracas, e elegeu 18 de 23 governadores nas eleições regionais venezuelanas, nas quais a oposição voltou a participar depois de anos de boicote e pedidos de abstenção.

"O regime de Maduro privou os venezuelanos uma vez mais de seu direito de participar de um processo eleitoral livre e justo", afirmou Blinken.


Os Estados Unidos e outros 50 países não reconhecem a reeleição de Maduro em 2018 por considerá-la fraudulenta.

"Temeroso da voz e do voto dos venezuelanos, o regime distorceu enormemente o processo para determinar o resultado desta eleição muito antes de que as cédulas fossem emitidas", insistiu o secretário de Estado.

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