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Em manifestação rara, Kim Jong-un critica autoridades norte-coreanas 

Líder repreendeu oficiais por atrasos em obra de usina elétrica, segundo mídia estatal. Episódio de fúria é o segundo em menos de um mês

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7

Para analistas, Kim Jong-un quer culpar subalternos antes de lançar políticas econômicas
Para analistas, Kim Jong-un quer culpar subalternos antes de lançar políticas econômicas

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, criticou autoridades locais por atrasos em um projeto de construção, segundo nota divulgada pela mídia estatal nesta terça-feira (17). As informações são da agência de notícias Associated Press. A manifestação seria a segunda repressiva de Kim Jong-un em menos de um mês.

De acordo com a AP, é incomum que a mídia estatal divulgue comunicados mostrando o criticismo do líder em relação a autoridades locais. A probabilidade é de que Kim Jong-un, ávido por reivindicar ganhos, queira culpar subalternos por problemas antes de lançar novas políticas econômicas.

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O episódio de fúria ocorreu durante a visita ao local de construção de uma usina elétrica no nordeste da Coreia do Norte. Após ser informado dos atrasos no projeto, Kim — que negocia o abandono de suas armas nucleares com os Estado Unidos —, ficou "sem palavras" e "extremamente enfurecido", segundo a agência de notícias estatal norte-coreana.

Mais cedo neste mês, o líder visitou fábricas têxteis e também chamou a atenção de oficiais por falta de manutenção nos prédios, linhas de produção pouco modernas e outras questões. Em entrevista à AP, o professor Koh Yu-hwan, da Universidade Gongguk, de Seul, afirmou que Kim provavelmente está dando indícios de que vai mudar sua política econômica depois de conhecer os problemas de perto.


Desde que ascendeu ao poder, em 2011, Kim Jong-un prometeu aumentar o padrão de vida dos norte-coreanos e buscou projetar uma imagem de modernidade enquanto se esforçava ao máximo para transformar o país em uma potência nuclear.

Depois de iniciar negociações sobre a desnuclearização da península com os Estados Unidos e se encontrar com o presidente Donald Trump, entretanto, o líder ainda não demonstrou grandes progressos no sentido de abandonar seu programa de armas. As autoridades americanas disseram estar prontas para ajudar Kim Jong-un a reviver a economia de seu país se ele realmente abrir mão de suas armas.

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