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Empresa propõe plano de mais de R$ 16 bilhões para trazer à Terra rochas extraídas em Marte

Companhia apresenta proposta de missão simplificada para reduzir custos de operação avaliada pela Nasa em mais de R$ 60 bilhões

Internacional|Do R7

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Ilustração mostra veículo da Lockheed Martin decolando de Marte com amostras coletadas pelo rover Perseverance Divulgação/Lockheed Martin

A gigante aeroespacial Lockheed Martin, responsável por construir 11 das 22 naves espaciais da Nasa (a agência espacial do Estados Unidos) enviadas a Marte, propôs uma solução inovadora e mais barata para trazer à Terra amostras de rochas coletadas pelo rover Perseverance no Planeta Vermelho.

A proposta, anunciada em 26 de junho, promete realizar a Missão de Retorno de Amostras a Marte (MSR) por menos de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 16 bilhões), um valor significativamente menor do que os US$ 11 bilhões (R$ 60 bilhões) estimados anteriormente para o projeto.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Lockheed Martin propôs um plano de R$ 16 bilhões para trazer rochas de Marte à Terra, reduzindo significativamente os custos em relação à estimativa anterior.
  • A proposta é simplificar a missão utilizando tecnologias já testadas e otimizar operações para gerenciar riscos.
  • O rover Perseverance já coletou amostras em Marte, e a Missão de Retorno de Amostras (MSR) é crucial para análises laboratoriais na Terra.
  • A China também avança com sua missão Tianwen-3 planejada para 2028, e os EUA estão mudando o foco para enviar astronautas a Marte, visando trazer amostras ainda mais valiosas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A ideia é simplificar a missão utilizando tecnologias já testadas. O plano inclui:

  • Módulo de pouso menor, inspirado no módulo InSight, que pousou com sucesso em Marte em 2018;
  • Veículo de subida a Marte reduzido, para lançar as amostras ao espaço; e
  • Sistema de entrada na Terra simplificado, para garantir o retorno seguro das amostras.

Leia mais

“Nosso objetivo é utilizar projetos existentes, otimizar as operações da espaçonave e gerenciar riscos, reduzindo custos e a supervisão”, afirmou a Lockheed Martin. Em comunicado, a empresa exaltou a experiência que possui em missões espaciais, como a OSIRIS-REx, que trouxe amostras do asteroide Bennu à Terra em 2023.


Por que essa missão é importante?

O rover Perseverance, que pousou em Marte em 2021, já coletou amostras de rochas e solo que podem conter pistas sobre a história do planeta e até evidências de vida passada.

Agora, a MSR é o próximo passo para trazer essas amostras à Terra, permitindo análises detalhadas em laboratórios.


No entanto, o alto custo da missão original, aliado a cortes propostos no orçamento da Nasa para 2026 pelo governo de Donald Trump, colocou o projeto em risco de cancelamento.

Concorrência e outras propostas

A Lockheed Martin não é a única interessada em tornar a MSR mais acessível. A empresa privada Rocket Lab também apresentou, no último ano, uma proposta alternativa para reduzir custos, atendendo a um chamado da Nasa por soluções mais rápidas e econômicas.


Enquanto isso, a China avança com sua própria missão, a Tianwen-3, planejada para 2028. Se bem-sucedida, ela pode trazer as primeiras amostras de Marte à Terra, potencialmente contendo evidências de vida extraterrestre.

Além da proposta da Lockheed Martin, os Estados Unidos estão mudando o foco de suas missões para Marte. Propostas orçamentárias recentes sugerem uma transição de missões robóticas para o envio de astronautas ao Planeta Vermelho, possivelmente utilizando o megafoguete Starship, da SpaceX, do bilionário Elon Musk.

Embora mais complexo, o pouso de humanos em Marte poderia trazer amostras ainda mais valiosas, incluindo rochas, poeira e até dados sobre a atmosfera marciana.

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