Entenda por que parte dos sul-coreanos é contra a presença americana na zona desmilitarizada
Secretário de Defesa norte-americano visitou a região, que fica na fronteira com a Coreia do Norte
Internacional|Do R7
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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, visitou a zona desmilitarizada entre as Coreias nesta segunda-feira (3). Ele se encontrou com o ministro da Defesa sul-coreano, com quem discutiu a prontidão conjunta de defesa contra a Coreia do Norte e a cooperação em segurança regional.
Em entrevista ao Conexão Record News, o pesquisador Lier Ferreira analisa a tensão entre os países asiáticos, cujo armistício firmado “jamais significou uma declaração de paz”. Segundo o especialista, apesar de ser conhecida como “zona desmilitarizada”, a região fronteiriça se trata de uma das regiões mais militarizadas do mundo.
Ele explica a problemática da presença de soldados norte-americanos na região, sendo que “vários segmentos da sociedade” consideram uma afronta à soberania sul-coreana.
“Hoje, diferentemente do que acontecia no passado, a Coreia do Sul é uma das maiores potências econômicas do mundo, ela já tem uma força militar suficientemente sólida e consistente para fazer a garantia da sua própria defesa sem precisar de forças externas”.
No entanto, a disputa de poder com a Coreia do Norte, apoiada por China e Rússia, mantém o interesse dos Estados Unidos na região. Washington considera flexibilizar o papel dos mais de 28 mil soldados norte-americanos no país para manter o equilíbrio de poder na Ásia, mas Ferreira não acredita que a presença norte-americana na região vá sofrer grandes mudanças.
“A gente precisa, para o equilíbrio global, que essa zona continue a ser uma zona sem uma guerra, porque uma guerra nesse contexto vai ser evidentemente um pivô muito grande, de larga escala, com consequências políticas econômicas muito graves”, diz.
Nesta terça-feira (4), as autoridades participarão da reunião consultiva de segurança anual, o fórum de mais alto nível no qual os dois países definem os rumos da aliança militar e defesa da Coreia do Sul contra o país vizinho.
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