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Enviada da ONU ao Afeganistão exige o fim dos ataques talibãs

Autoridades internacionais alertam que os conflitos armados podem estar levando o país para uma catástrofe 

Internacional|Do R7

Porta-voz da ONU afirma que país pode estar caminhando para uma catástrofre
Porta-voz da ONU afirma que país pode estar caminhando para uma catástrofre

A enviada das Nações Unidas para o Afeganistão pediu nesta sexta-feira (6) aos talibãs que cessem imediatamente seus ataques contra as principais cidades, alertando que o país, assolado pelo conflito, caminha para uma "catástrofe".

Deborah Lyons, chefe da operação de ajuda ao Afeganistão das Nações Unidas, pintou um panorama sombrio da situação de deterioramento do país, em uma reunião especial na sede da ONU em Nova York.

"O Conselho de Segurança deve emitir uma declaração inequívoca de que os ataques contra as cidades devem acabar já", disse Lyons ao conselho de 15 membros, por meio de um vídeo em Cabul.

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Os talibãs controlam vastas extensões rurais e agora desafiam as forças do governo afegão em várias grandes cidades, como Herat, perto da fronteira ocidental com o Irã, assim como Laskhar Gah e Kandahar, no sul.

A guerra também se estende cada vez mais para a capital Cabul e, nesta sexta-feira, os insurgentes mataram a tiros o chefe de imprensa do governo afegão.


Os talibãs aproveitaram o vazio de segurança deixado pela retirada das forças dos Estados Unidos.

Os combates ocorrem desde maio, quando os norte-americanos e outras forças estrangeiras iniciaram a primeira fase da retirada das tropas, que deve ser concluída no final deste mês.


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"Hoje temos uma oportunidade", disse Lyons ao Conselho. "Uma oportunidade de demonstrar o compromisso do Conselho de Segurança da ONU e da comunidade regional e internacional que vocês representam, em evitar que o Afeganistão caia para uma situação de catástrofe, tão grave que teria pouca ou nenhuma comparação neste século".

Lyons acrescentou que os países que se reúnem com os representantes dos talibãs deveriam "insistir em um cessar-fogo geral" e na "retomada das negociações". 

A reunião foi convocada na quinta-feira a pedido da Estônia, Noruega e Afeganistão

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