Envio de Tomahawks à Ucrânia está fora do interesse dos EUA, diz especialista
Analista pontua que uma extensão do conflito, com o envolvimento de Washington, seria problemática para Trump
Internacional|Do R7
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O pesquisador Lier Ferreira, do Núcleo de Estudos dos Países BRICS da Universidade Federal Fluminense, comenta que os Estados Unidos avaliam a possibilidade de não enviar mísseis Tomahawk de longo alcance para Kiev, apesar de declarações anteriores do vice-presidente J.D. Vance. A decisão estaria relacionada à escassez de estoques, atualmente comprometidos com a Marinha norte-americana.
Ao Conexão Record News de sexta-feira (3), Ferreira explica que os mísseis de longo alcance, capazes de atingir até 2.500 km, poderiam alcançar Moscou se lançados da Ucrânia, o que representaria uma escalada significativa no conflito.
“Não acredito que os Estados Unidos possam liberar esses mísseis, porque seria um envolvimento mais direto num conflito que, nesse momento, me parece fora da órbita de interesses do presidente Donald Trump”, afirma. Como alternativa, Washington pode autorizar países europeus a fornecerem os armamentos.
Sobre os ataques de Moscou à infraestrutura energética ucraniana, o pesquisador destacou que instalações das principais fornecedoras de gás e energia da Ucrânia foram atingidas, provocando apagões e agravando a crise de abastecimento.
“Esses ataques, embora duros, do ponto de vista de sofrimento para as populações civis, [...] não é surpreendente do ponto de vista militar. Muito pelo contrário, a partir da mediação dos Estados Unidos, Rússia e Ucrânia vivem uma frágil tentativa de cessar-fogo e esse é mais um recurso de força que os russos estão utilizando para forçarem Kiev a uma negociação favorável aos interesses russos”, explica o especialista.
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