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Epstein teria abusado de menores nas Ilhas Virgens Americanas

Processo contra o empresário, morto em agosto do ano passado, continua contra seu espólio e instituições que formaram "rede de abusos"

Internacional|Da EFE

Processo contra Epstein continua fora dos EUA
Processo contra Epstein continua fora dos EUA

A Promotoria-Geral das Ilhas Virgens Americanas anunciou nesta quarta-feira (15) que entrou com um processo civil contra o bilionário Jeffrey Epstein, morto em agosto do ano passado, e outras seis entidades, acusadas de criar uma rede de tráfico humano e abuso sexual de mulheres e menores de idade.

A promotora Denise N'George disse em entrevista coletiva que Epstein montou uma complexa rede corporativa com propriedades nas Ilhas Virgens, usada para "ocultar condutas criminais" contra mulheres e adolescentes. Por isso, as autoridades da ilha, território dos Estados Unidos, querem que o processo seja uma "prestação de contas".

Morto na prisão

Epstein foi encontrado morto em agosto do ano passado em uma prisão de Nova York. Ele estava preso após ser acusado de criar uma rede de tráfico sexual de menores e abusar de dezenas delas entre 2002 e 2007 nas mansões que possuía em Nova York e na Flórida.

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N'George afirmou que Epstein cometeu crimes até 2018 em ilhas privadas que possuía no território americano, batizadas como Little St. James e Great St. James. Segundo ela, há registros de voo que provam como ele transportava menores até o local.

"A compra de Great St. James era parte da expansão da atividade criminal (de Epstein) e do encobrimento do que ocorria em Little St. James. É claramente um exemplo de como Epstein e seus sócios frequentemente violavam as leis", afirmou a promotora.


Confisco de propriedades

A ação apresentada à Corte Superior das Ilhas Virgens Americanas, segundo N'George, não substitui os processos individuais das supostas vítimas do bilionário. Entre outras coisas, Epstein foi acusado de práticas de tráfico humano, abuso sexual e trabalho forçado de menores de idade no território que pertence aos EUA.

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"Busco todos os remédios disponíveis para o governo na aplicação da lei. Não é um caso criminal. Queremos o confisco ou a venda das propriedades, incluindo as ilhas de Little St. James e Great St. James, para compensação de danos e crimes civis", explicou.


Segundo o jornal "The New York Times", o processo afirma que Epstein comprou as propriedades em 2016. Dois anos depois, ele impediu a entrada de um investigador do Departamento de Justiça em Little St. James.

Entre as supostas vítimas do bilionário estariam adolescentes vindas da América do Sul, que aceitavam convites para ser modelos. Epstein teria utilizado uma rede de sócios para conseguir vistos fraudulentos para elas, controlando a movimentação de todas por meio de uma grande base de dados.

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