Epstein tinha medo do colega de cela, um acusado de homicídio
Autoridades chegaram a interrogar o ex-policial, companheiro de cela de Epstein, sobre a possibilidade de ele ter agredido o empresário antes
Internacional|Beatriz Sanz, do R7
O bilionário Jeffrey Epstein que morreu no último sábado (10) enquanto estava preso em Nova York, tinha uma relação conflituosa com seu antigo colega de cela, um policial acusado de matar quatro pessoas envolvidas no tráfico de cocaína.
Nicholas Tartaglione, o ex-policial, estava dividindo a cela com Epstein desde que o empresário foi preso no início de julho. Contudo, ele foi transferido da cela na última sexta-feira (9), horas antes da morte de Epstein.
O Departamento de correção prisional não informou os motivos da transferência de Tartaglione.
Duas semanas antes de sua morte, Epstein já havia sido encontrado desacordado e com hematomas no pescoço dentro da cela. A principal suspeita era de tentativa de suicídio e ele foi colocado sob avaliação psicológica.
No entanto, as autoridades também investigavam a possibilidade de as agressões terem sido causadas por Tartaglione, que chegou a ser interrogado sobre a situação.
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Bruce Barket, o advogado do ex-policial, disse que os dois homens estavam "na mesma unidade e indo bem", acrescentando que os rumores de Tartaglione pode ter atacado Epstein "não são verdadeiros".
Por outro lado, uma fonte que não quis se identificar, afirmou ao jornal New York Daily News que Tartaglione alegou ter ajudado Epstein depois que ele o encontrou inconsciente em sua cela durante a suposta tentativa de suicídio.
Tartaglione pode enfrentar a pena de morte nos EUA pelo assassinato dos quatro homens.
Investigações contra cúmplices de Epstein continuam
O procurador-geral dos EUA, William Barr afirmou nesta segunda-feira (12) que as investigações dos crimes de abuso sexual contra Epstein e seus cúmplices continuarão.
"Deixe-me assegurar-lhe que o caso continuará contra qualquer um que tenha sido cúmplice de Epstein", disse Barr em uma coletiva de imprensa em Nova Orleans. "Todos os cúmplices não devem ficar tranquilos. As vítimas merecem justiça e vão conseguir."
Além disso, no último domingo (11), Barr anunciou que também vai investigar as circunstâncias da morte de Epstein.
O procurador se mostrou irritado com a falta de segurança no presídio.