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Equador cancela aulas, produção de petróleo e muda sede do governo

Suprema corte aceitou estado de exceção decretado pelo presidente na semana passada, mas reduziu prazo de término da situação para 30 dias 

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Protestos continuaram em Quito nesta segunda-feira (7)
Protestos continuaram em Quito nesta segunda-feira (7)

Os protestos populares contra o pacote econômico implementado pelo presidente do Equador, Lenín Moreno, forçaram a suspensão das aulas nas escolas do país, a paralisação da produção de petróleo em três campos e ainda a mudança da sede do governo de Quito para Guayaquil. 

O quinto dia de manifestações nas ruas da capital do país registrou um saldo de quase 500 pessoas presas e rodovias fechadas. As imagens do centro histórico de Quito mostram edifícios incendiados, vidros quebrados e um cenário de guerra, com tanques blindados e reforço da segurança.

O aumento da intensidade dos protestos se deve em parte à chegada de manifestantes do interior do país, como camponeses e indígenas. Segundo o Conaie (Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador), as manifestações continuarão até a revogação da medida que eliminou os subsídios dos combustíveis, dobrando os preços. 

Os manifestante ingressaram também a alguns campos de produção de petróleo chamados Sacha, Alca e Libertados, situados na provincia de Sucumbios e Orelliana. Juntos, eles produzem 65 mil barris do petróleo por dia. O governo solicitou reforço das Forças Armadas.


Estado de Exceção

Mais cedo, a Corte Constitucional, o mais alto órgão do Jucidiário do Equador, ratificou a legalidade do decreto de estado de exceção emitido pelo presidente Lenín Moreno na última quinta-feira (3), mas o restringiu para apenas 30 dias.


Após uma sessão nesta segunda-feira (7) onde analisou as dúvidas de várias organizações de direitos humanos, a Corte aprovou por unanimidade de seus oito juízes uma sentença "de constitucionalidade" da decisão que o presidente adotou diante do aumento dos protestos sociais contra algumas medidas econômicas anunciadas pelo seu Governo.

Leia também: Indígenas protestam no Equador e interditam rodovias até Quito


A Corte Constitucional afirmou que "a declaração do estado de exceção só estará em vigor por um período de 30 dias", em vez dos 60 dias decretados por Moreno.

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Com essa decisão, a Corte explicou que as medidas de limitação e suspensão de direitos estabelecidas no decreto de exceção serão aplicadas com relação à "liberdade de associação, reunião e livre trânsito", bem como nas requisições consideradas necessárias pelo Estado.

Ainda esclarece que essas medidas devem permitir o cumprimento dos objetivos do estado de exceção e não devem afetar "o direito dos protestos pacíficos".

Além disso, em relação ao desempenho das instituições policiais, a opinião da Corte Constitucional indica que o uso da força deve ser proporcional e progressivo.

Portanto, exigiu que a polícia e as Forças Armadas "cumprissem seus deveres de prevenir e proteger a integridade e direitos dos jornalistas e veículos de imprensa, dos organismos e instituições de assistência humanitária, assim como dos cidadãos em geral".

A situação no Equador piorou nos últimos dias depois que Moreno anunciou na semana passada a anulação dos subsídios ao preço dos combustíveis, o que levou ao aumento do valor dos combustíveis de maior consumo e uma de onda de protestos.

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